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Mensagem: Decisão da Jusiça esvazia prefeitura - Girleno Alencar - Os moradores do pequeno município de Botumirim, no Norte de Minas, viveram ontem uma situação insólita: não tinham prefeito municipal. O juiz Antônio de Souza Rosa determinou o afastamento do prefeito Edílson Lima Rios (PSDB), além do bloqueio dos seus bens em R$ 2 milhões, sob a acusação de desvio de recursos públicos, mas a ordem judicial não foi cumprida. O presidente da Câmara Municipal, Ronei Stênio, assegurou que, se houve afastamento do cargo, o Poder Legislativo não foi comunicado oficialmente. O vice-prefeito Moacir de Souza Oliveira (PMDB) não foi encontrado. Na Prefeitura Municipal, os atendentes alegavam que estavam proibidos de falar sobre o assunto. Nem mesmo os assessores do prefeito afastado se manifestaram, alegando que ele tinha viajado até Montes Claros. No Destacamento da Polícia Militar, a informação era que Edílson Lima Rios continuava como prefeito. A assessoria do promotor Paulo Márcio Dias salientou que o Judiciário é que expediu o mandado que um oficial de Justiça protocolaria oficialmente na Prefeitura e Câmara Municipal. A operação 1655, realizada pela Polícia Federal, Polícia Militar, Ministério Público Federal e Estadual e Receita Estadual teve como foco 16 municípios do Norte de Minas, que compraram produtos das empresas Costa Azul e Rio Verde, pertencentes ao empresário Hélio Rodrigues Néri, preso na quarta-feira, acusado de superfaturamento, emissão de nota fiscal fria e ainda de vender produtos sem entregar e usar empresas fantasmas para licitações. Em Bocaiúva, o prefeito Ricardo Áfonso Veloso teve os bens bloqueados até o valor de R$ 5 milhões, como forma de ressarcimento dos danos ao município. O juiz Fausto Ferreira Filho acatou o pedido do MP, já que há acusações de que o prefeito tentou subornar vereadores.

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