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Mensagem: Não chores por mim Montes Claros Jamil Curi Desde quando fui Diretor no INDI, cuja função é atrair e reter investidores para a nossa região, o Governo sempre recomendava sigilo em relação aos contatos com os investidores, a fim de evitar competição com outros Estados ou Municípios, gerando por conseqüência o que chamamos de Guerra Fiscal. Isso despertava nos políticos uma ansiedade e mesmo uma contrariedade, pois a proibição feria a vaidade da informação. O Governo de Minas sempre foi ponderado nos seus critérios de atração de empresas, especialmente se os seus limites de incentivos ultrapassassem a realidade ou a ética de comportamento com o CONFAZ – Conselho da Política Fazendária. As tratativas são feitas sob a cláusula da confidencialidade que interessava aos dois lados, evitando assim especulações, competições e possíveis frustrações no resultado. Geralmente, o Governo de Minas somente divulga a atração empresarial, a partir da assinatura do Protocolo de Intenções, onde os compromissos das partes estão firmados. Mas também não é um dogma que a perda do investimento está ligada à quebra de sigilo. A região hoje, desperta vários interesses e motivos de atrações negociais, quer na área da indústria de base, de consumo, de prestação de serviços, de agronegócios, de mineração e gás. Há projetos com andamento avançado na parte de apoio ao desenvolvimento, como o Centro de Convenções, Porto Seco, barragens, transportes e comunicação. Tudo isso vai acontecer em tempo, como já vem acontecendo. Seremos grandes em 20 anos de qualquer jeito, ou em 10, se tivermos boas lideranças e corporações. A BMW se quisesse dizer -“não chores por mim Montes Claros”, poderia. Pois já conquistamos outras alegrias como o nosso Parque Industrial, os vários Pólos de Desenvolvimento, o Imobiliário, Prestação de Serviços, Agronegócio e outros. Como é bom e justo valorizar também o que já atraímos e retivemos. Ainda somos acanhados em homenagear os que aqui já estão e se integram ao nosso meio. Que desconforto devemos despertar neles, quando só lamentamos a falta e não a presença. Com experiência, posso afirmar que todos os dias, coisas e gente querem vir para cá. O não acontecer, cria todos os dias uma revanche em coisas melhores. A BMW não foi o fim. Talvez tenha sido o início de mais zelosas e eficientes buscas de investimentos. A proatividade é a melhor estratégia para o início da aproximação com o empreendedor, pois este é cético e vacilante. A primeira aproximação é com gente e não com coisas. A parceria constante e inteligente entre o setor público e as entidades privadas locais é a mais valiosa forma de propagar os nossos potenciais para investimentos. De antemão, já sabemos que os nossos incentivos fiscais e financeiros e a infraestrutura não competem e ou não compensam com a cesta de vantagens de outras regiões. Porém, isso tem que ser provado no exercício das buscas que fundamentarão a nossa tese do impossível. De início, já demos prioridades à atração de investidores, baseado no que temos, independente de quaisquer incentivos, como é o caso dos minérios e do gás. Paralelamente, fundamentaremos o “plus”, sem o qual adiaremos bastante a industrialização regional. Aproximação das esferas pública e privada. A ADENOR é um instrumento de melhor aliança com o Governo para a proatividade, haja vista a sua flexibilidade, velocidade e comodidade na busca dos investidores. Essa aliança tem que ser compreendida e ousada, pois a limitação mal julgada dos parceiros nos conduz à ineficiência e alongamento nos resultados. Recentemente, a ADENOR promoveu encontros regionais, levantou potenciais e se dispõe a divulgá-los. A divulgação não pode ser apenas estática, maneira mais simplificada de lavar as mãos. As telas do computador e a impressão de belos “folders”, só valem com o presencial. É a presença no tempo e no lugar certos que vai dar a oportunidade da extensão do diálogo, da persistência, da insistência e da impertinência. Neste processo, o Governo é o carro e a comunidade empresarial o combustível, pois o Governo é essencialmente movido pela distância que queremos caminhar. Saibam que a cada minuto, em quaisquer lugares do mundo, alguém tem um projeto. O importante é que alguém, em um ponto do mundo, esteja sempre apto a antecipar esse encontro. Vejam que, neste instante, a GM está inclinada para o Sul do País e uma indústria chinesa de máquinas pesadas está fechando a instalação em Pouso Alegre. (Jamil Curi é empresário, foi presidente da ACI, foi diretor do INDI)
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