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Mensagem: Karla Celene e Cyro dos Anjos Na próxima reunião do Clube de Leitura, no Ateliê de Felicidade Patrocínio, que acontecerá durante este mês de julho, aqui em Montes Claros, a acadêmica Karla Celene Campos nos brindará com a leitura e a análise literária da obra “O Amanuense Belmiro”, do imortal montes-clarense Cyro Versiani dos Anjos, livro lançado em 1937. A obra, escrita na linha machadiana, relata a vida de um funcionário público da capital mineira. Mês passado tive a satistação de estar entre os que assistiram as explanações de Ivana Ferrante Rebello sobre o livro “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa. Foi aplaudida de pé. Na reunião do mês de maio, foi instrutiva a palestra do doutor Élcio Lucas proferida sobre o conto “Romance Negro”, do livro do mesmo nome, de autoria de Rubem Fonseca. Existem relações culturais que projetam pessoas. Não se pode falar em Guimarães Rosa sem nos lembrarmos de Ivana Ferrante Rebello, assim como sempre ligamos no nome de Cyro dos Anjos a Karla Celene. É projeto de mestrado de Karla Celene: “A melancolia em Cyro dos Anjos”. Karla Celene Campos, graduada em Jornalismo pela FAFI/BH e em Letras pela UNIMONTES, considera-se, como todas as pessoas realmente cultas, uma eterna aprendiz. Estudou espanhol em Salamanca-Espanha. Tive a honra de prefaciar seu livro ´Os bares nunca fecham´. Já imortalizada por suas obras e pela efetiva participação no contexto cultural de Minas Gerais, a poetisa e escritora Karla Celene Campos sempre tem sobre ela os holofotes da admiração em todos os locais onde comparece. O Norte de Minas deu origem a homens e mulheres de letras que alcançaram a glória literária, que não necessitaram construir pirâmides ou estarem subterrados em imponentes sepulcros, para se imortalizarem na lembrança de seus semelhantes. É bom consignar, para que permaneça sempre presente na memória, a figura ímpar de Cyro Versiani dos Anjos, nascido em Montes Claros a 5 de outubro de 1906 e falecido no Rio de Janeiro em 4 de agosto de 1994. A sua biografia registra que ele foi jornalista, professor, advogado, cronista, romancista, ensaísta e memorialista. A literatura é a arte de criar e recriar textos que contenham um mínimo de talento de persuadir, convencer, deleitar ou comover por meio da palavra, com uma boa parcela de poesia. É a arte de escrever de forma artística, com a presença indispensável da gramática e da retórica, ou, como define o Aurélio: “Arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso”, ou “o conjunto de trabalhos literários dum país ou duma época”. Mas ela também identifica “os homens de letras”. O livro “O Amanuense Belmiro” marcou a presença de Cyro dos Anjos na literatura brasileira, da mesma forma como a obra “Os Sertões” definiu a imoralidade de Euclides da Cunha. Cyro dos Anjos foi fundador, em Brasília/DF, em 1963, da Associação Nacional de Escritores, instituição a que tenho a honra de pertencer. Em Montes Claros, ele é patrono do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da UNIMONTES, desde a criação da antiga Fundação Universitária Norte Mineira. Em 1º de abril de 1969, Cyro dos Anjos foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, Cadeira nº 24, na sucessão de Manuel Bandeira, tendo sido recebido pelo acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
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