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Mensagem: Valiosa reedição Manoel Hygino dos Santos No norte de Minas, sempre aqui lembrado por múltiplos e suficientes motivos, foi lançado, no último dia 25, a segunda edição de ´Serrano de Pilão Arcado - A saga de Antônio Dó´. Já me referi a esse romance de Petrônio Braz, um barranqueiro autêntico, fiel às origens e tradições, nascido em São Francisco, brilhante. Quem formulou o convite para a noite de autógrafos, a que não compareci, como de meu feitio, foi o Rotary Clube Montes Claros Liberdade, sendo o ato no Centro Cultural, na histórica Praça da Matriz da maior cidade da região. A iniciativa, bom que o diga, mereceu apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Montes Claros, da Academia Montesclarense de Letras, Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco, Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, Ateliê Felicidade Patrocínio e livraria Saramandaia. Dito e conforme o registro, manifesto alegria pela nova edição do livro: Best-seller, Série Ouro, referenciado pelo Atlas das Representações Literárias Brasileiras 2009 do IBGE, por sua representatividade na literatura do sertão brasileiro, indicado pelo Conselho Universitário como leitura obrigatória para o Vestibular da Unimontes 2011/2012. Fico feliz, porque num país em que vivemos sob influência dominante do Eixo Rio/São Paulo aparecer um livro como o de Petrônio Braz em segunda edição já significa algo válido como referência. E o é, de fato. Principalmente depois de Guimarães Rosa construir algum edifício literário que mantenha em alto nível as letras sobre o sertão mineiro se torna um desafio, de que Petrônio Braz garbosamente sai triunfante. O autor focaliza aproximadamente um tema de Rosa, mas não o imita ou copia. Os personagens são homens e mulheres da mesma região, mas a história de Antônio Dó é rigorosamente histórica, embora envolvida pelas naturais semelhanças com a saga. E a palavra sagarana, aliás, significa ao jeito ou feitio de saga. Nos personagens do genial ficcionista de Cordisburgo, tem-se de tentar descobrir quem foram os modelos, quem os teria sugerido, quem está por detrás dos fatos. Nem entro na questão de linguagem de Rosa, que é inigualável. Em Petrônio, com sua obra, tem-se a reconstituição da vida e das aventuras de um sertanejo verdadeiro, que muitos conheceram e de que há lembranças fortes na memória popular. A própria crônica da Polícia Militar do Estado poderá ser consultada para lançar luzes (ou mesmo pôr em dúvida) sobre circunstâncias da longa luta da PM contra Dó e seus homens. É muito árduo rebelar-se contra os ditames editoriais de São Paulo e Rio de Janeiro, mas a segunda edição de ´Serrano de Pilão Arcado´ prova que é possível vencê-los e revelar à nação aquilo que, no caso de Euclides da Cunha, se manteve oculto durante séculos. É preciso superar a rígida ditadura dos dois maiores centros da vida cultural brasileira. Conseguiu-se uma vitória importante.
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