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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Sabiá-laranjeira O relacionamento entre os homens e os animais está presente desde os tempos das cavernas. O homem primitivo domesticou alguns animais, que se incorporaram à vida humana, como o cavalo, o jumento, a galinha, o cachorro, o gato, que não mais vivem na natureza selvagem. Alguns animais, não domesticados, estão se urbanizando por carência de condições de vida no meio rural, que está sendo destruído pela “civilização”. Em todas as cidades, o mico ou sonhim já integra a vida urbana. Esses pequenos primatas estão presentes nos quintas, nas árvores das ruas, nas praças públicas. Na Praça da Matriz, no final de uma tarde de temperatura amena, enquanto me deleitava ouvindo, em pleno centro da cidade, o som agreste do campo e vendo alguns pequenos primatas desfilarem pelas árvores, pousou próximo um lindo sabiá-laranjeira, pássaro que canta na primavera, ao alvorecer e à tarde. O sabiá tornou-se o símbolo representativo da fauna ornitológica brasileira e é considerado popularmente “Ave Nacional do Brasil”. O sabiá juntou-se oficialmente, por decreto de 3 de outubro de 2002, aos outros quatro símbolos nacionais, tendo a mesma importância deles na representação do Brasil: a bandeira, o hino, o brasão de armas e o selo. Lindo na sua liberdade plena, mesmo em ambiente urbano. Lindo na sua postura altiva. Lindo no seu cantar. Lindo no brilho de sua plumagem parda, ele integra, com todos os animais, a nossa realidade orgânica e fala à nossa sensibilidade, despertando-nos contra as loucuras e as crueldades do ser humano contra a Natureza. O sabiá foi imortalizado na “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias: “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá. / Nosso céu tem mais estrelas, / Nossas várzeas têm mais flores, / Nossos bosques têm mais vida, / Nossa vida mais amores. / Em cismar, sozinho, à noite, / Mais prazer eu encontro lá; / Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá. / Minha terra tem primores, / Que tais não encontro eu cá; / Em cismar, sozinho, à noite, / Mais prazer eu encontro lá; / Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá. / Não permita Deus que eu morra, / Sem que eu volte para lá; / Sem que desfrute os primores / Que não encontro por cá; / Sem qu`inda aviste as palmeiras, / Onde canta o Sabiá.” As aves habitam todo o globo terrestre, dos pólos aos desertos. Nas matas e nos cerrados. Nos terrenos áridos e nos cultivados e até na superfície das águas. Variam de forma, tamanho e colorido, um encanto para os olhos. Algumas aves convivem bem nos ambientes modificados pelo homem, mudando seus hábitos e o sabiá-laranjeira e uma delas. Ele alimenta-se de insetos, larvas, minhocas e frutas especialmente o mamão, a laranja e o abacate. No quintal de minha casa, eu vi um sabiá-laranjeira comendo ração de cachorro.

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