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Mensagem: Cidade-Presépio HAROLDO LÍVIO Grão-Mogol carrega, como coroa de glória, o inspirado dístico de Cidade-Presépio com que o presenteou um de seus mais diletos filhos, o historiador Manoel Esteves, que é o patrono da biblioteca pública de sua cidade. Ele, que já partiu, passou a mocidade e a maturidade no Rio de Janeiro, onde ganhou renome de escritor e publicou três livros que ainda são lidos; sendo um de memórias de sua terra natal, um segundo de impressões de viagem e um terceiro apresentando um tratado sobre “ex libris”, que versa sobre símbolos em brasões e escudos. Esta terceira obra é considerada um clássico no estudo da heráldica e já foi traduzida para outros idiomas. Grão-Mogol não tem por onde reclamar dos filhos que o destino lhe deu. Afortunadamente, é berço de nomes ilustres que brilharam em seu tempo, a começar do Intendente Câmara, pai da siderurgia no Brasil, que pesquisadores afirmam ter nascido no Vau, próximo à cidade. Francisco Sá, que foi o maior benfeitor do Norte de Minas, nasceu lá, na Fazenda Brejo de Santo André, na mesma casa onde nasceu o deputado Camilo Prates, representante da região no Congresso Nacional. Estes nomes tiveram repercussão nos grandes centros do país. Outros personagens, mais restritos ao meio local, porém merecedores de igual valor, também contribuíram para elevação do conceito da cidade garimpeira. Alguns estrangeiros e comerciantes de pedras preciosas, como os Laborne, os Jacob e os Blum, que trouxeram a influência civilizatória de seus países de origem. Em outra época, veio o trabalho de homens como os professores Antonio Bicalho, Artur Campos, Cícero Pereira e seu irmão Zeca, Polidoro Figueiredo, José Mendonça Mota e tantos mais. A mulher grão-mogolense também marcou presença nessa obra coletiva de enriquecimento sociocultural da Cidade-Presépio, merecendo menção a historiadora Teresinha Vazquez, que publicou o segundo livro da história local, e a compositora Teresinha Paulino, autora do hino oficial de Grão-Mogol. Não pode ser omitida, sob nenhum pretexto, a importância da participação decisiva, nos tempos imperiais, do cidadão Gualter Martins Pereira, que foi agraciado com o título de Barão de Grão-Mogol. A cidade sesquicentenária está prestes a ser contemplada, por um de seus devotados filhos, com um precioso e inesperado presente de Natal, que haverá de confirmar a designação de Cidade-Presépio. O grão-mogolense Lúcio Bemquerer aposentou-se do trabalho, está com a família criada, de missão cumprida, e retornou à casa paterna, que escolheu para seu derradeiro refúgio. Ali, ao lado de Wilma, pretende desfrutar do que a vida possa oferecer para o repouso do guerreiro. Não sendo de ficar parado, está executando o projeto de montagem do maior presépio natural de que se tem notícia. Aproveitando a colaboração da natureza, edifica, entre pedras gigantescas, o cenário bíblico do nascimento de Jesus Cristo, na gruta de Belém, com total conforto para o visitante, que utiliza rampas de acesso no caminho que conduz à manjedoura, sem cansar e apreciando a paisagem. Estátuas em tamanho natural com um metro e noventa de altura representam o carpinteiro José, Maria, a mãe imaculada, e o Menino. Todos os circunstantes do milagre natalino estão presentes: os magos, os pastores, as ovelhas, o boi e o burro, como nas lapinhas de nossa infância. Lúcio deu ao monumento o nome de Mãos de Deus e pretende inaugurá-lo antes de 25 de dezembro, pois é um régio presente de Natal para a cidade onde nasceu.
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