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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: QUANDO A SAUDADE CHEGA! JOSÉ PRATES Quando Estamos ligados por afinidade ou amor à terra onde nascemos ou fomos criados, não importando se estamos vivendo em outras plagas, nem, tampouco qual a distancia que nos separa, porque essa ligação está na alma e a alma não conhece distância nem tempo. Vivemos a cidade e o que ali acontece no seu dia-a-dia nos atinge tão forte quanto atinge aos que estão fisicamente presentes. Isto acontece comigo com relação a Montes Claros, onde vivo na leitura dos jornais locais, principalmente este moc.com e pelos contatos com os amigos, como Virginia que conheci, por aqui, não faz tempo, filha do saudoso Dr. Hermes de Paula, ou, então, Ivanilde Prates que, de vez em quando dá na veneta e me manda um e-mail. Não sou montesclarense de nascimento embora tenha nascido numa região de sua influência, onde fiquei pouco tempo depois de nascido. Quando cheguei em Montes Claros, empregado na construção da Estrada de Ferro para Monte Azul, meu primeiro emprego formal, vivia a adolescência cheia de sonhos e aquela cidade, a mais importante do norte de Minas, era o meu Eldorado. Já naquele tempo, setenta anos passados, a importância desse lugar já se fazia sentir em toda região. Os colégios particulares como o Instituto norte mineiro de Educação, do dr. João Luiz; o colégio Diocesano; o Ginásio Estadual; a Escola Normal estavam cheias de alunos vindos das cidades vizinhas para os cursos ginasial e cientifico, preparando-se para a faculdade, só existente na capital do Estado. Não era a metrópole, como hoje, nem a população passava de trinta mil habitantes, mas, nascida com vocação de liderança, firmou nessa posição e assim permanece até hoje para alegria de seus 350 mil habitantes. Quando cheguei, em plena adolescência, fui morar na pensão de “seu” Augusto, na Praça do grupo Gonçalves Chaves. Pensão humilde que hospedava a rapaziada trabalhadora da Estrada de Ferro. Aos poucos, fui-me afeiçoando à cidade, usufruindo de tudo de bom que ela me oferecia. Não conhecia, por exemplo, uma sala de cinema como o Cine Coronel Ribeiro, nem nunca tinha visto uma praça de esportes como a que aqui existia. À noite, sem o que fazer na Estação, ia para a Rua Quinze assistir ao “footing” das belas jovens desfilando na passarela iluminada. Tudo isto foi influenciando em minha formação cultural e psicológica podendo dizer que Montes Claros é o berço dessa formação, que me permite hoje estar aqui. A cidade cresceu, o município evoluiu nesse tempo em que estou em outras plagas. Mas, é reconfortante sentir o crescimento e o desenvolvimento econômico e cultural que ali operou. Ninguém pode sentir-se feliz ao constatar que sua cidade estagnou, parou no tempo e continua a mesma de cinqüenta anos passados. Quando leio as notícias e os comentários do “moc.com”, obviamente não me sinto no Montes Claros de ontem e a saudade da jovem cidade bate forte, fazendo-me relembrar o passado, uma juventude que não existe mais. Por outro lado, sinto-me feliz ao constatar que nossa cidade, menina, poética, onde todo mundo conhecia todo mundo, transformou-se numa rica metrópole com todos os seus convenientes e inconvenientes, seguindo fiel o caminho de liderança numa região em que o desenvolvimento econômico e cultural é obra do esforço e da tenacidade de um povo que não se deixa vencer pelos obstáculos que tentam lhe obstruir o caminho. do progresso. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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