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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: (Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou ´Efemérides Montesclarenses´, que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral): 6 de setembro 1774 — A fls. 114 e 115 v. do Livro 3 do antigo e extinto Julgado da Barra do Rio das Velhas encontra-se a cópia autêntica da escritura de doação do patrimônio da Capela de Nossa Senhora da Conceição e São José, da fazenda dos Montes Caros, feita pelo alferes Josê Lopes de Carvalho e trasladada pelo Tabeilão público do Judicial e Notas, Francisco Miguel da Silva: Lançamento de uma escriptura de Patrimônio feito a Capella de Nossa Senhora da Conceição e São José da Fazenda dos Montes Claros cujo o seu theor de verbo adiverbum e o seguinte: “Saibam quanto estes publico instrumento de lançamento de huma escriptura de Patrimônio ou como em direito melhor nome e lugar haja virem que sendo no anno de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil setecentos e setenta e quatro annos aos seis dias do mez de Setembro do ditto anno nesta fazenda de Montes Claros deste distrito da Barra do Rio das Velhas, comarca de Villa do Principe do Serro Frio em pausada de mim tabelliam ao diente nomiado e sendo ahi apareceu presente o Alteres José Lopes de Carvalho morador nesta mesma fazenda e pessoa reconhecida de mim tabelliam pelo proprio de que tracto e por êlle me foi dado huma escrïptura do patrimonio da Capella de Nossa Senhora da Conceição e São José passada no Juizo Eclesiastico da Visita geras pedindo-me lhe lançasse nesta nota ao que eu tabelliam satisfiz em rezão do meu officio e he tudo que adïante segue. § Escriptura do Patrimonio para a nova Capella que quer erigir o Alferes José Lopes de Carvalho com a lnvocação de Nossa Senhora da Conceição e São José. Saibam quantos este publico instrumento de escriptura do Patrimonio virem em como no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e secenta e nove alunos aos dezenove dias do mez de junho do ditto anno neste arraial da Cappella o Senhor do Bomfim Freguezia de Santo Antonio de Itacambira comarca de Vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Minas Novas do Arassuahy deste Arcebispado da Bahia em casa de rezidencia do Reverendo Doutor Sylvestre da Silva de Carvalho estando em acto de visita onde eu secretario de visita de seu cargo ao diente nomeada me achava presente e sendo ati apresentada huma petição do Alferes José Lopes de Carvalho morador na mesma freguesia de Santo Antonio de Itacambira com o despacho do Doutor Reverendo Visitador cujo theor he o seguinte: Diz o Alferes José Lopes de Carvalho morador nesta freguezia de Santo Antonio de Itacambira que elle suplicante se acha morando nas suas fazendas dos Montes Claros, distante da Matriz da ditta freguezia vinte legoas mais ou menos e com família grande como tambem nesta vizinhança de homens casados com bastantes familias; e por que não podendo pella ditta distancia satistazer o Culto Divino nem commodamente lhe podem administrar os Sacramentos aos doentes não só pellas distancias mais ainda em tempo de Agoas pellos rios que impedem muitos dias a passagem; quer ele suplicante erigir huma Capella com a invocação de Nossa Senhora da Conceição e São José ficando esta sugeita ao Ordinário e como a não pode fazer sem primeiro fazer o Patrimônio para sustentação da ditta Capella quer elle suplicante que Vossa Mercê lhe mande lavrar escriptura do patrimônio”. Ouvido o Coadjutor, padre Francisco de Medeiros Cabral, afirmou ser verdade o alegado e o visitador mandou que se fizesse o patrimônio em bens livres e desembargados: “Em cumprimento ao despacho supra do Reverendissimo Senhor Doutor Visitador geral certifico que tudo o que o suplicante alega em sua petição he verdade e elle sem duvida tem Bens livres e desemargados em que pode lazer o Patrimônio que alegua. Ita In Verbo Sacerdotis. Macahubas e de junho dezoito de mil setecentos e secenta e nove o Coadjutor Francisco de Medeiros Cabral — “a cuja informação deferio o Reverendo Doutor Visitador vista a informação do Reverendo Coadjutor taça o ditto Patrimonio sendo em bens livres e desembargados. Capella do Bomfim dizanove de junho de mil setecentos e secenta e nove. Visitador Carvalho ‘E não se continha mais em ditta petição informação e despacho e logo apareceu o ditto Alferes José Lopes de Carvalho morador na ditta freguezia de Santo Antônio de Itacambira e por mim secretario reconhecido e por elle foi ditto que elle doava com effeito tinha doado para o patrimonio da nova Capella de Nossa Senhora da Conceição e São José que queria erigir Legoa e meia de terra de cumprido e huma legoa de largo na fazenda do Mucambinho do Riacho chamado Melancias athe a estrada que vae de Mucambinho para a Formiga da parte do Nascente pela Vargem do Cintra abaixo freixando ao Riacho que vem das Melancias e do Poente extrema o Ribeirão Grande e do Norte serve de extrema o dlttO Riacho das Melancias ou Lages e da parte do Sul lhe serve de extrema a ditta estrada que vae do Mucambinho para a Formiga a qual terra declarada he de que faço a doação cincoenta novilhas ferradaspara o rendimento da ditta Capella digo da mesma Capella a qual ha de ficar dentro das mesmas terras declara elle doador debaixo de juramento aos Santos Evangelhos são livres e disimpedidas e que sem constrangimento de pessoa alguma mas sim de sua livre vontade faz a ditta duaçáo e patrimonio para a ditta Capella e obriga sua pessoa e bens a fazer boa a ditta duração e se sugeita as justiças Eclesiasticas para lhe poderem tomar conta dos dittos bens e rendimentos para a ditta Capella desonerando-se de outro qualquer privilegio que haja ou possa ter o que tudo acima declarado assignasse junto com o Reverendo Doutor Visitador e eu Padre Theotonio Gomes de Azevedo secretario da Visita que o escrevi. O Visitador Sylvestre da Silva Carvalho José Lopes de Carvalho.” No dia seguinte, 20 de junho de 1769, o Alteres Josê Lopes de CarvaLho obteve, para si e pessoas de da família, sepultura na Capela que ia erigir. 1888 — Falece, na cidade de Pitangui, dona Joana do Carmo Orsini e Castro, viúva do dr. Jerônimo Máximo de Oliveira e Castro, o primeiro Juiz Municipal togado da Vila de Montes Claros de Formigas e que ficou servindo interinamente de Juiz. de Direito. 1914 — E’ inaugurada a Estação de Buenópolis, no ramal de Montes Claros, onde permaneceu por muitos anos estacionária a ponta dos trilhos da E. F. Central do Brasil que se dirigia para a cidade de ?ontes Claros. 1918 — Nasce em Brasilia, Minas, Oldemar Santos, filho de José de Olivetra Santos e dona Maria Nery Santos. Comerciante e industrial, fundador e Diretor da Emprésa Oldemar Santos — Indústrias Reunidas Santa Maria S. A., nesta cidade. E’ vereador Câmara Municipal de Montes Claros. 1926 — Falece, aos 61 aos de idade, dona Marcolina Odilia Teixeira Guimarães (Naná), viúva de Justino Serafim Teizeira Guimarães. 1957 — “O Jornal de Montes Claros”, desta data, noticia o aparecimento de “Montes Claros, sua gente e seus costumes,” monografia do municipio de Montes Ciaros, escrita pelo historiador ni.ontesclarense dr. Hermes Augusto de Paula. Contém 657 páginas com capa de Konstantin Christoff. E’ obra de fôlego, bem trabalhada, prefaciada pelo jornalista Newton Prates, dividida nos seguintes capítulos: Principais fatos históricos – Geografia histórica do município de Montes Claros – Genealogia – Miscelânea histórica – Antologia montesclarense – e uma completa descrição do folclore norte-mineiro. 1960 – A lei municipal nº 491 autoriza a desapropriação de imóveis, destinados ao aumento do terreno de propriedade da Municipalidade, situado entre as ruas Belo Horizonte, Cel. Joaquim Costa e Visconde de Ouro Prêto, para a construção do Mercado Municipal de Montes Claros, e concede poderes para a abertura do necessário crédito.

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