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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Quando é, que o progresso não faz falta? Em Mandacaru – Comunidade rural a 20 km da massa urbana de Montes Claros acontece coisas que muitos duvidam. Nessa bucólica comunidade é refugio para muitas pessoas, que, depois de aposentados compram um sitio, um chapéu, uma bota e um canivete. Pronto! Vão cuidar de suínos, poedeiras e um pomar, daí partir para o descanso e esquecer o corre-corre que o acompanhou por muito tempo. Lá tem: Aposentados militares (Major, Capitão, Sargento e outras patentes) , tem ex- professores, ex- funcionários das autarquias estaduais, em fim; são vários que procuram aquele lugar para passar os dias restantes em que irão respirar o ar mais puro de uma atmosfera tão poluída. Mas, também tem aqueles que estão ainda na lida do trabalho, que mesmo em dia de semana dão uma esticadinha até lá para saber as noticias do campo e da cidade; por quê? Por que lá tem uma mercearia de secos e molhados – do popular “Quinha”- que é um verdadeiro Café Galo ou Nice; face da rotatividade de vendedores, jornalistas e demais freqüentadores, as noticias da roça vão para cidade e da cidade vêm para roça, - quase on-line. Uma curiosidade do Mandacaru. – enquanto a população exótica procura produzir para subsistência, a população nativa compra ovo e frango de granja, leite de caixa, tempero industrializado. Dizem que é mais em conta comprar, que produzir; não entendo, contudo é verdade. Há poucos dias eu estava bochechando uma cerveja em um barzinho, - também em Mandacaru, fiquei observando o entra e sai dos nativos e outros atentos a transmissão de um jogo de futebol entre uma equipe mineira e uma carioca. O progresso está longe de chegar naquele boteco, o balcão, as prateleiras e cadeiras semi-velhos, o freezer pequeno para atender nos dias de jogos, o mais interessante, não tem televisão, e o jogo era acompanhado pelo radio, - todos atentos a narração emocionante do locutor, que hora e outra fazia gol e em seguida colocava a bola para fora, para matar os torcedores do coração. É a emoção do rádio! Certo momento eu pedi uma cerveja ao dono do barzinho, quando veio com ela e uma chave para abri-la, neste momento seu time sofreu um pênalti, simplesmente encostou o ouvido no rádio e esqueceu-se de servir, só depois da cobrança que ele percebeu que estava com as mãos ocupadas, quase jogava a cerveja no chão . São pessoas humildes que não tem pressa, vão vivendo sem o stress desse mundo tão cruel e sem educação. O único progresso parecido com urbano que já chegou por lá, foi os assaltos, tornou-se comum em sítios, assaltos com violência, como um que espancaram uma senhora com mais de oitenta anos; arrombamentos são constantes, basta deixar a casa sozinha; não intimidam com tantos militares que moram na comunidade. Retirando este malefício; Mandacaru é um lugar que o povo está sempre em sintonia com o forró; tem sempre alguém “servindo” um frango caipira; tem campo de futebol, tem o Rio Verde; tem “borrachateco” - borracharia com boteco e o mais importante; tem a tradicional festa de Nossa Senhora Aparecida. Em fim; uma comunidade tranqüila, só falta agarrar os marginais que estão perturbando o sossego. Ta perto! OB: Mandacaru integra ao circuito das águas vizinhas: Juramento/ Glaucilândia/ Mandacaru.

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