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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Em compasso de espera Waldyr Senna Batista Com tantos nomes frequentando o cenário nesta fase preparatória da pré-campanha, tem-se a impressão de que a disputa eleitoral do próximo ano em Montes Claros contará com muitos candidatos a prefeito. Mas é falsa essa impressão. A partir do momento em que as posições se definirem, prevalecerão apenas os nomes mais familiares, que são os favoritos e que ainda não despontaram. A maioria dos que se insinuam, por enquanto entram na categoria de balões de ensaio, alimentados por notícias plantadas e citações inconsistentes, que o próprio processo, no momento adequado, se incumbirá de colocar à margem. No entanto, não seria de todo absurdo admitir que o próximo prefeito de Montes Claros será um ex-prefeito, pois, entre os neófitos que se movimentam, nenhum mostrou, até agora, ter fôlego bastante para a tarefa. Os que já exerceram a função e que têm sido citados logo ocuparão a cena e, aí sim, estará começando a campanha. A disputa eleitoral aqui é empreitada para poucos. Exige estrutura partidária sólida e excepcional esquema financeiro. É jogo para profissional. Além de envolver muito dinheiro, circunstancialmente, ela provoca o interesse até do Governo do Estado, que não chegará ao ponto de assumir posição ostensiva, mas cuidará de acompanhar de perto o processo. Isso envolve até o peso da máquina, expressão que abrange tudo e mais alguma coisa. Não é à toa que um dos pretensos candidatos já declarou que só concorrerá se tiver o apoio do Governo estadual. Ele sabe do que está falando, porque conhece a estrada pedregosa que terá de percorrer. No próximo ano, especialmente, o pleito municipal se desenvolverá como preliminar da sucessão presidencial de 2014, em que o senador Aécio Neves se apresentará como candidato. Para mostrar que tem cacife para tanto, ele quer provar que conta com o apoio eleitoral principalmente dos grandes colégios eleitorais do seu Estado. Entre as principais cidades, inclui-se Montes Claros, com mais de 220 mil eleitores e liderando região que soma quase 2 milhões de votos. O ex-governador já teria mandado recado a seus seguidores, a quem chama de “nossos amigos”, recomendando que não se precipitem no lançamento de candidaturas. Seu propósito é conversar com todos antes que o processo seja deflagrado. Isso poderá imprimir à campanha compasso de espera, apesar de ela já estar nas ruas, devido à pressão dos afoitos. São eles os integrantes de partidos nanicos, que exercem influência pouco significativa, e de políticos que anunciam disposição de disputar a posição máxima, mas acabando por se contentar com cargo secundário. Nesse pelotão estão até “paraquedistas” e aventureiros que transferiram para aqui o domicílio eleitoral, de olho em lacunas apresentadas na composição de partidos sem expressão eleitoral. No caso de Montes Claros, a próxima eleição terá outra conotação especial: para a maioria dos candidatos com potencial, poderá ser a derradeira campanha de que participarão na condição de candidatos, considerando o fator idade. E o preocupante é que, pelo menos por enquanto, não há vestígio de surgimento de lideranças novas. A fila não andou. O que se espera é que a campanha induza o fortalecimento da nova geração que irá substituir os sessentões que insistem em não largar o osso. Seriam eles as “bananeiras que já deram cachos”, segundo a expressão jocosa do prefeito Luiz Tadeu Leite, quando se lançou na primeira eleição disputando a Prefeitura. O tempo é implacável e passou rápido, de forma que ele próprio, que disputará a reeleição, acabou sendo alcançado pela classificação pejorativa. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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