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Mensagem: Eleitor revoltado ataca Câmara de Vereadores - A Câmara Municipal de Montes Claros sofreu o segundo atentado nos últimos nove anos: domingo (18) às 11h45, o poeta Antônio Gilmar Maia Gusmão, de 55 anos, jogou cinco pedras que quebraram os vidros da porta de acesso do legislativo. Ele disse que foi um protesto contra o aumento do número de vereadores. É que a Câmara aprovou projeto elevando de 15 para 23 o número de cadeiras na Casa. A família do autor do atentado alegou que Gilmar tem problemas mentais. Em 2002, o prédio da Câmara foi invadido por dois rapazes que entraram nos gabinetes dos então vereadores Aldair Brito (PT) e Fátima Pereira (PTB) e evacuaram sobre mesas e documentos. Na época, a suspeita era de um ato político, já que os dois vereadores faziam forte oposição ao prefeito Jairo Ataíde. Porém, a gerente da Câmara Municipal, Solange Rosa, disse que dois rapazes não eram militantes políticos, mas viciados em drogas. O vigia Ezequiel Junior Souza, que estava trabalhando na Prefeitura de Montes Claros, cujo prédio é contíguo ao da Câmara Municipal, explica que às 11h45 ouviu um barulho muito forte e saiu correndo, quando encontrou-se com Antônio Gilmar que explicou ter quebrado os vidros da Câmara por ser contra o aumento do número de vereadores. Ele acionou a Polícia Militar, que mandou uma equipe ao local. Rebelde queria atear fogo no prédio Quando os militares estavam lavrando a ocorrência, Antônio Gilmar chegou ao local, com gravetos nas mãos, alegando que colocaria fogo no prédio. Os policiais o detiveram, colheram sua identidade e o mandaram embora, já que apresentava perturbação mental. O presidente da Câmara, Valcir Soares Silva (PTB), chegou ao local às 14 horas, depois de avisado pela imprensa e ficou surpreso com o atentado, pois entende que a Polícia deveria ter levado o acusado até a Delegacia de Polícia, onde seria analisado se Antônio Gilmar tem realmente problemas psiquiátricos, como alegam seus parentes. O perito Randulfo Diniz esteve no local e constatou que foram arremessadas cinco pedras contra o vidro, quebrando dois módulos da vidraça. Antônio Gilmar afirma que a decisão de atacar o prédio da Câmara foi um ato isolado, sem ninguém para apoiá-lo. Ele mora a 100 metros do prédio da Câmara e quando passou em frente ao prédio pegou algumas pedras e arremessou contra a vidraça. Uma câmera de segurança da Polícia Militar, que fica na esquina do prédio da Câmara, filmou tudo. Na concepção de Antônio Gilmar, Montes Claros não precisa de tantos vereadores, pois ´15 já é demais e 23 ainda mais.´ Ele disse que os vereadores deixam de cumprir suas obrigações, de fiscalizar o dinheiro público e, por isto, decidiu fazer o ataque. Ele nega que tenha vínculo partidário e afirma que a última vez que ficou internado foi em 1990 e que nunca mais teve problemas. Brincou que agora está em ´prisão domiciliar´, pois sua familia o impediu de sair de casa.
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