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Mensagem: Número de vereador já causa polêmica no interior mineiro - O aumento do número de vereadores no Brasil é alvo de polêmica entre parlamentares e a população em alguns municípios mineiros. Mesmo a alteração sendo constitucional, os cidadãos temem que traga ônus aos cofres das cidades. A ampliação de cadeiras nos legislativos municipais foi aprovada no Congresso Nacional e, para se tornar realidade, basta a aprovação de uma emenda à Lei Orgânica dos municípios, sem necessitar de passar pelo Executivo para ser validada. A população avalia de forma negativa essa proposição. Pelo menos em duas cidades mineiras - Montes Claros e Governador Valadares -, os cidadãos não ficaram satisfeitos com a proposta. Em Montes Claros, mesmo com a desaprovação popular, a Câmara aprovou o aumento de 15 para 23 vereadores. Segundo o presidente da Câmara, Valcy Soares (PTB), a proposição foi aprovada na Casa com o intuito de melhorar a representatividade no município. ´Contratamos uma pesquisa para ouvir a opinião da população que constatou que 90% dos montes-clarenses são contrários ao projeto´, afirmou Soares. O vereador disse também que o argumento dos cidadãos era que, com o aumento do número de vereadores, aumentariam também os gastos. ´Isso não vai acontecer´. Mas, mesmo com a pesquisa, os vereadores de Montes Claros não se importaram com o clamor da população e aprovaram o projeto. Em Valadares, conforme publicado em O TEMPO na edição de 31 de agosto, o aumento de 14 para 21 vereadores também é rejeitado. Em protesto, populares e entidades de classe, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reuniram cerca de 10 mil assinaturas, 5% do total dos habitantes, solicitando que não haja aumento do número de parlamentares. Em resposta, o presidente da Câmara de Valadares, Heldo Armond (PT), encaminhou o documento ao cartório eleitoral, que verificará a autenticidade das assinaturas dos eleitores. ´Assim que o juiz eleitoral emitir o seu parecer em relação às assinaturas, formaremos uma comissão especial para analisar o projeto e votá-lo´, afirmou o vereador.
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