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Mensagem: DOUVILLE EM MONTES CLAROS João Batista Douville, viajante e naturalista francês, que esteve na Vila de Montes Claros das Formigas, no ano de 1836, conforme disse o pesquisador George Gardner, no seu livro “Viagem ao Interior do Brasil”. Ainda disse Gardner que o Dr. Douville esteve por algum tempo alojado na casa do padre Antônio Gonçalves Chaves, que era vereador da vila naquela oportunidade. Na Enciclopédia e Dicionário Internacional, volume VI, na página 3.745, encontramos registrada a seguinte informação: “DOUVILLE, João Batista. Viajante e naturalista francês, n. em Hambye (Mancha) em 1749 e m. em Formigas (Brasil) em 1835. Percorreu primeiro a Europa, a Ásia e a América do Sul, depois dirigiu-se à África em 1827, e em 1832 publicou a Voyage au Congo et dans L’intérieur L’África Equinoxiale, descrição de suas pretensas descobertas. Por isto recebeu a medalha de ouro da Sociedade de Geografia de Paris e foi eleito membro honorário do Royal Geográphical Society de Londres. Infelizmente para Douville chegou a provar-se que ele se atribuía a honra de descobertas feitas pelos portugueses e sobre as quais ele tinha tido documentos inéditos”. A sua viagem ao interior africano e a sua estadia no Porto de Moçamedes, levou Portugal a pensar sério sobre a ocupação do Brasil. Nas informações colhidas por George Gardner sobre a presença de Douvelli com o padre Antônio Gonçalves Chaves, há de se notar que o povo de Formigas não acreditava que se tratava do verdadeiro Douvelli, pois tinha os moradores a desconfiança de suas ações como médico. “O vigário, bem como outras pessoas inteligentes de Formigas, suspeitavam-no de embusteiro, concluindo que não era o verdadeiro Douville, que se dizia ter viajado na África, mas outra pessoa que obtivera fraudulentamente a posse de seus papéis”. Sabe-se que o Dr. Douville foi fazer um atendimento médico a um enfermo, numa fazenda perto do Rio São Francisco. Não logrando êxito de cura, pois o paciente veio a falecer, a família então lhe negou o pagamento de duzentos mil-réis, conforme havia anteriormente combinado. O Dr. Douville insistiu em receber o dinheiro, o que foi feito pelos herdeiros do morto. Entretanto, quando ele desceu para embarcar numa canoa às margens do velho Chico, foi surpreendido por um jagunço a mando dos filhos do finado fazendeiro, que o assassinou e ainda restituiu a quantia paga e roubou-lhe todos os seus pertences. Nas pesquisas que fizemos a respeito de Douville, entendemos que se tratava realmente do verdadeiro João Baptista Douville, pois há registros de sua passagem por aqui. Entretanto, encontramos outros assinalamentos de que teria visitado a América do Sul antes mesmo de sua viagem ao continente africano. Vejamos o que diz a Enciclopédia Britânica de W. M. Jackson: “Douville percorreu primeiro a Europa, a Ásia e a América do Sul, depois dirigiu-se à África em 1827”, Se assim aconteceu, ele teria vindo ao Brasil por duas oportunidades. A primeira vez antes de 1827 e a segunda vez em 1835, ano de sua morte. Nota-se que não foi em 1836, como afirmou o pesquisador George Gardner. Vejamos: “Em 1836 ele visitou Formigas e viveu algum tempo em casa do vigário fazendo-se passar como Dr. Douville”. Aliás, este ano de 1836 foi a data da visita do pesquisador Gardner à cidade de Montes Claros e não do Dr. Douville.
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