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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Dois amigos no ´Mala e Cuia´. Minha missa, neste segundo domingo de outubro do ano da graça de dois mil e onze, foi ver e ouvir, em nosso Canal 20, na telinha do monitor de meu computador, aqui em Belô, dois amigos de juventude, colegas do curso científico da Escola Normal, Luiz Giovanni Santa Rosa e Gélson Dias, no programa “Prosa e Cuia”. Giovanni, o entrevistador; Gélson, o entrevistado. Ambos falaram sobre uma figuraça de minha aldeia, de nosso querido “Cumpade” Nélson, irmão e pai adotivo de Gélson. Giovanni, como responsável pelo programa, vem resgatando um pouco de nossa história, enfocando personalidades do passado que engrandeceram nossa terra. E “cumpade” Nélson, seja em sua barbearia, seja nas apresentações de seu “Conjunto Lord”, seja em seu lar, no convívio com a família e com os amigos, sem sombra de dúvida, foi uma das pessoas mais significativas com quem minha geração conviveu. E digo mais: ele, um irmão de sangue que Gélson considera pai, foi também para mim e Giovanni, que éramos colegas de estudo de seu filho-irmão-adotivo, um grande conselheiro. “Cumpade” me dava muitas broncas quando eu dizia besteiras e quando me enveredava por algum caminho tortuoso da vida. Bastava seu olhar severo para me avisar que elas viriam, educadas, mas objetivas e incisivas. E como me fizeram pensar! E como me ajudaram! Hoje me vem um sentimento de gratidão a uma pessoa que auxiliou o velho Nonô na difícil e árdua tarefa de criar aquele menino travesso, muitas vezes chamado de “impossível”. Nonô gostava muito de Gélson e sempre me dizia, quando íamos para a fazenda: – Duto, vê se Gélson pode ir com a gente. E fizemos memoráveis caçadas no “Levantado”, na região do “Caititu”. A barbearia ficava quase na esquina da Simeão Ribeiro com a Governador Valadares. Algumas passagens ali vividas, felizmente já mencionadas em meu livro de memórias, o “Balorizonte”, publicado em 1999, sempre são relembradas em nossas prosas sertanejas. Elas têm como personagens não apenas meu inesquecível “Cumpade” Nélson, mas também componentes da alegre turma que ali fazia ponto. E eu fui um deles, motivo pelo qual Gélson se tornou, com o decorrer do inexorável tempo, um de meus mais queridos amigos, de amizade nascida na rocha, indestrutível, que ainda cultivo com carinho e espero cultivar por mais muitos anos. Vocês não imaginam a emoção que senti na primeira vez que “Cumpade” Nélson cortou meu cabelo. Eu não merecia tanto. Meu caro amigo GD, fui juiz na terra em que você e “Cumpade” nasceram, porque Joaíma integrava minha primeira Comarca, que tinha sede ali bem pertinho, em Jequitinhonha. Isto se deu de setembro de 1982 a dezembro de 1986, muitos anos depois de nossa amizade ter nascido em nossa amada Montes Claros, que também é sua, oficialmente e pelo coração. Você está parecendo um garoto, viu? Não envelhece. E está muito bonito. Cuidado com essa mulherada quente daí, lindos enfeites de nossas vidas, tá? Acho que você ainda joga futebol na lateral direita do Ateneu e pode voltar, tranquilamente, aos palcos da vida para representar personagens, como festejado ator de teatro que sempre foi. Meu caro amigo Giô, parabéns pelo que você vem fazendo, no Mala e Cuia, por nossa cultura e nossa história. Você, tal qual GD, é um afetuoso capítulo do meu “Bala 60” e espero que o seja também dos livros que ainda virão, com a graça de Deus. E parabéns a vocês dois por mostrarem às novas gerações quem foi Nélson Dias e por arrematarem o programa com o toque sublime do Bené, naquele saxofone que tanto acompanhou nossas danças com as donzelas vestais, especialmente na boate diurna da Praça de Esportes. Um afetuoso abraçamigo, cheio de saudade, a vocês dois.

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