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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Governo quer frente Waldyr Senna Batista O governo do Estado já estabeleceu sua linha de ação para a eleição do próximo ano. Sua meta é eleger os prefeitos dos cinquenta maiores municípios. Os candidatos serão escolhidos com base em pesquisas independentes e segundo o grau de afinidade com o governo. Nos municípios em que houver segundo turno, esse preceito será primordial. Caso de Montes Claros, onde o objetivo principal será derrotar o prefeito Luiz Tadeu Leite, que disputará a reeleição, e já tem dispositivo montado: firmou aliança com o PTB, que indicará como vice Paulo Santiago, que nos últimos meses vem tendo destaque especial na mídia. O prefeito começou a cumprir a parte inicial do acordo, designando para setores importantes da administração pessoas ligadas aos seus novos correligionários. Ao mesmo tempo, os que integravam o esquema que o acompanhou na campanha passada e na primeira metade do mandato estão se afastando dos cargos que ocupam. O tratamento a ser dispensado a Montes Claros levará em conta a expressão do município e a possibilidade de o pleito só se definir no segundo turno. O dispositivo governamental será preparado para essa eventualidade, incluindo o peso da máquina oficial para alcançar o objetivo principal, que é a derrota do atual prefeito e dos seus parceiros do PTB. Virtualmente, os candidatos à Prefeitura de Montes Claros serão os mesmos que vêm ocupando a cena nos últimos trinta anos, com alguns se revezando no exercício do mandato de prefeito. A previsão é de que renovação, mesmo, só acontecerá no pleito subseqüente, devido ao fator etário. Ou ao cansaço do eleitorado, que começa a pedir renovação. Para a próxima disputa, o nome atualmente em maior evidência é o do deputado Jairo Ataíde, cuja permanência na Câmara dos Deputados é tida como precária, por ser suplente. Ele tem liderado pesquisas informais e está virtualmente em campanha, dependendo apenas de ter o apoio explícito do governador Anastasia e do senador Aécio Neves. Gil Pereira diz que não pretende disputar, mas há quem ache que ele poderá mudar de opinião se o cavalo arreado passar por perto. Ele costuma insinuar que a vice-prefeita Cristina Pereira seria melhor candidata, mas ela nega qualquer pretensão, com firmeza: “Não quero, não estou preparada, não aceitarei”, afirma. Seu marido, o deputado Gil Pereira, como sempre arredio sobre esse assunto, admite que teve mais entusiasmo quando das duas disputas de que participou. Não se dispõe a uma terceira, entre outras razões, porque a Prefeitura está sucateada e vai exigir do próximo prefeito trabalho de radical mudança. Diz: “Vai ser preciso desmanchar tudo e fazer de novo”. Ele não confessa, mas nota-se que se encontra feliz e realizado na condição de secretário de Estado. O ex-prefeito Athos Avelino já anunciou que estará na disputa, para o que mudou de partido. Acha que tem condição para concorrer, apresentando-se como grande injustiçado, pelas razões conhecidas. O ex- deputado Humberto Souto tem sido citado como possível candidato. Ele próprio ainda não se apresentou diretamente. Tem currículo e disposição. Vai ter de mudar a forma de atuação, porque o voto para deputado difere do voto para prefeito. Ele é do ramo, com muitos anos de estrada, e sabe disso. Há outros nomes em oferta, mas com possibilidades reduzidas: o ex-deputado Rui Muniz, que perdeu gás por ter ido com muita sede ao pote. Esvaziou-se. O deputado Paulo Guedes, que não é político de Montes Claros, insinua-se mas não deverá ir longe. Antônio Henrique Sapori procura espaço, que está exíguo. E outros, menos votados. O governo do Estado imagina poder formar uma frente em apoio ao nome vier a escolher para derrotar o prefeito Luiz Tadeu Leite no eventual segundo turno. Enfraquecido devido à administração pífia, o prefeito dispõe do que falta aos outros: a caneta para acionar a máquina. Isso ele já mostrou que sabe fazer. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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