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Mensagem: (Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou ´Efemérides Montesclarenses´, que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral): 21 de outubro 1834 - Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros de Fontiígas, é lido um oficio do Presidente da Província, datado de 25 de setembro de 1834, acompanhado de um aviso da Secretaria de Estado e Negócios da Justiça, exigindo exame de cirurgiões, médicos e parteiras que exercessem a profissão no município. Nesta mesma sessão leu-se um requerimento de Manoel Hypólito da Palma, pedindo licença para exercer a profissão de cirurgião. - O padre Ambrósio Caldeira Brant, antigo Capelão de Montes Claros de Formigas, retira-se para o Curato do arraial do S. S. Coração de Jesus. - Em resposta a um pedido de informação do Presidente da Província, datado de 13 de setembro de 1834, sôbre lugares do município aptos para a localização de uma Colônia de Degradados, a Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas indica “huma e outra margem do Rio Verde, desde o Iratim athé suas imbocaduras no Rio de São Francisco, cuja direita pertence ao termo de Minas Novas e a esquerda a este, Navegaveis no espaço de 20, a 30 legoas presentemente despovoado mais reconhecidas e proprias para culturas de Algodoeiros e mais viveres para o Sustento dos Colonos, mas para segurança dos degradados e vagabundos o local não offerece naturalmente proporçoins algumas, porque as Mattas planas transitaveis facilitão a fuga p.ª todos os lados”. 1879 - “A Actualidade”, desta data, noticia que foram nomeados: para professor e Secretário da Escola Normal de Montes Claros, José Rodrigues Prates Júnior, e o padre Maximiniafno da Silva Pimentel, para professor de Aula Prática da referida Escola. 1888 - Falece o dr. Pedro Augusto Cata Preta Versiani, aos 30 anos de idade. Nasceu em Montes Claros, filho do dr. Carlos José Versiani e dona Gabriela Gertrudes de Oliveira Versiarni. Fêz o curso primário em sua terra natal, onde começou a estudar preparatórios. Em 1876, tendo sido seu pai eleito Deputado Geral, levou-o para o Colégio do Caraça a fim de que prosseguisse no estudo de humanidades, que continuou em Ouro Prêto, onde prestou os exames de preparatórios. Matriculando-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, graduou-se em 1887, apresentando a tese “Das condições patogênicas, diagnóstico e tratamento de pneumonia”. Enquanto estudava, durante alguns anos, foi interno da Casa de Saúde de seu tio, o Conselheiro Lucas Cata- Preta. Chegou formado à cidade natal a 10 de março de 1888, iniciando a clínica. Fêz uma viagem de quatro meses pelo rio São Francisco, visitando várias cidades, regressando a Montes Claros, nas vésperas do seu falecimento. 1890 - Falece o tte. Leolino Lopes da Silva, aos 34 anos de idade. Nasceu em São Gonçalo do Brejo das Almas, filho de Antônio Lopes da Silva e dona Cecília Duarte da Cruz. Foi vereador à Câmara Municipal de Montes Claros, Delegado de polícia e suplente de Juiz Municipai desta cidade. Era fazendeiro no distrito de Brejo das Almas e casado com dona Patrícia Pereira dos Anjos. 1892 - Nasce, em Antuérpia, Bélgica, o cônego Marcos Marcelo Van In. Entrando para a Ordem dos Premonstratenses, recebeu o hábito, a 9 de outubro de 1912. Professou a 24 de fevereiro de 1915 e foi ordenado a 8 de março de 1918. Partindo da Europa a 20 de abril de 1920, veio diretamente para Montes Claros, onde chegou a 4 de junho de 1920. Foi Vigário da Paróquia de Montes Claros por longos anos, tendo sido nomeado a 1.° de janeiro de 1925. Reside atualmente em Águas de São Pedro, na Diocese de Piracicaba, no Estado da São Paulo. 1895 - E’ lavrado o contrato entre o Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, dr. Honorato José Alves, e Antônio Gregório da Almeida Durães e Antônio Ribeiro Neves para a construção de 80 lampiões para iluminação pública da cidade, a 6$000 por lampião, fornecendo, a Câmara aos contratantes todo o material necessário para a execução da obra. 1896 - Nasce, em Montes Claros, o dr. Agenor Fernanda Barbosa, filho de José Fernandes Barbosa e dona Francisca Brasiliana de Carvalho. Fêz o curso primário em sua cidade natal, o secundário, em Belo Horizonte e São Paulo, cidade esta em que se diplomou em Direito, em outubro de 1926. Quando se transferiu para Belo Horizonte, o que se verificou em 1912, ingressou nas Secretarias da Agricultura e do Interior, do Estado de Minas, passando logo a trabalhar na imprensa, como repórter do “Diário de Minas”, “Estado de Minas” e “Vida de Minas”, onde publicou, bem como em outros jornais, várias poesias de sua lavra. Seguindo para São Paulo como representante de “Fôlha de Minas”, no Congresso Médico, ali reunido em 1916, ingressou no “Correio Paulistano”, fazendo parte da redação. Dirigiu também, literariamente, “A Cigarra”, que se editava então sob a orientação de Gelásio Pimenta. Em 1922, ano em que se matriculou na Faculdade de Direito de São Paulo, foi nomeado Oficial de Gabinete do Presidente Washington Luiz, permanecendo então na Casa Civil do Govêrno do Estado de São Paulo, nas administrações que se sucederam, até 1930. Em maio de 1929, foi provido na serventia vitalícia do 8.° Oficio Civil da Capital paulistana, exercendo o cargo até 1958, quando se aposentou. Seus primeiros versos e prosa foram publicados em Belo Horizonte. Em enquete promovida há alguns anos pela revista “panóplia”, foi considerado um dos dez maiores poetas de São Paulo. Como participante na Semana da Arte Moderna, em 1922, foi objeto de destacada referência no livro “História do Modernismo Brasileiro” de autoria do escritor Mário Silva Brito. Abaixo vai transcrita uma poesia inédita de sua autoria: MONTES CLAROS A doçura sem fim do silêncio, que espalma as suas asas sôbre a noite, eu me avizinho da minha terra, que me acena como um ninho e, na distância, é sempre linda e sempre calma. A minha terra vive dentro de minh’alma... Deixem que fale o coração, deva gatinho... Que eu pare um pouco, em meio à sombra do caminho e lhe teça, a sorrir, êste canto e esta palma. Ouço, de longe, a voz do berço que me chama. Voz serena de amor, de carinho e piedade que é suave como um beijo e arde como uma flama. Minha terra natal! Minha velha cidade! Dentro do coração que te pertence, clama a dor do meu exílio e da minha saudade. Djalma Andrade, em sua secção “História Alegre de Belo Horizonte”, publicou, no Estado de Minas: “Agenor Barbosa, quando jovem, foi um dos poetas mais queridos de Belo Horizonte. Muito magro, muito pálido, escrevia nas revistas versos líricos, que eram guardados de cor pelas garotas de 1915. Nas varetas do leque de uma moça, numa festa de barraquinhas, escreveu: Quando for nosso noivado Será tão lindo o teu véu, Que um anjo o trará bordado, Pelas santas lá do céu. 1924 - Nasce em Brasília, Minas, o dr. Oswaldo Alves Antunes, filho de Tomé Alves da Silva e dona Zulmira Antunes de Sousa. Fêz o curso primário em sua terra natal, o secundário, no Colégio Arnaldo, de Belo Horizonte, diplomando-se pela Faculdade de Direito da U.M.G., em 1950. Tem exercido as seguintes funções: Redator da secção política de “O Diário”, de Belo Horizonte, cronista parlamentar junto à Assembléia Legislativa do Estado de Minas e Redator da sucursal do “Correio da Manhã”. Exerce a advocacia na cidade de Montes Claros, onde é Diretor de “O Jornal de Montes Claros”. 1962 - Falece o cônego Francisco de Paula Moureau. Nasceu em Angleux, Bélgica, a 23 de outubro de 1879. Entrando para o Abadia de Parc, vestiu o hábito da Ordem de São Norberto, a 11 de outubro de 1897. Professou a 9 de outubro de 1899, ordenando-se a 24 de junho de 1902. Vindo para o Brasil, ficou na Paróquia de Sete Lagoas, dali se transferindo para Montes Claros, onde chegou a 27 de julho de 1903, com o cônego Carlos Antônio Vincart. Foi Vigário Geral da Diocese de Montes Claros e Vigário da Freguesia de Bocaiúva, por vários anos. Estêve encarregado, por algum tempo, das obras de construção da Catedral de Montes Claros, tendo fundado, nesta cidade, em 1948, a Escola Apostólica São Norberto, de que exerceu o cargo de Diretor. Tomou parte na fundação do Colégio Imaculada Conceição em Montes Claros, no ano de 1907, e do qual foi um dos professôres. Era Cavaleiro da Ordem de São Leopoldo e da Coroa (Bélgica) e possuía a Ordem do Mérito do Cruzeiro do Sul. A Câmara Municipal de Montes Claros agraciou-o com o título de Cidadão Benemérito de Montes Claros.
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