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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: DARCY RIBEIRO NASCEU PARA EDUCAR José Prates O ano de 1922 chegava no Brasil, marcado pelo compromisso dos intelectuais da época em procurar atrair interessados no cultivo das letras e das artes. Não se pode dizer que naquele tempo era escasso o numero de interessados no mundo artistico, embora a intelectualidade se resumisse a grupos distintos, na maioria residentes nas capitais, principalmente, São Paulo e Rio de Janeiro. A Semana da Arte Moderna, tambem chamada de Semana 22, realizada em São Paulo, no Teatro Muncipal, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro, marcou o ano de 1922. Cada dia da semana foi dedicado a um tema: pintura e escultura, poesia, literatura e música o que representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação da liberdade criadora, numa ruptura com o passado. A arte passou para a vanguarda, ingressando no modernismo, então rejeitado por uma minoria conservadora. A cultura brasileira estava-se renovando pela influencia de estrangeiros que aqui chegavam ou de brasileiros estudantes em paises europeus, principalmente a França que teve grande importancia na formação de nossa cultura. Foi nesse ano de renovação cultural, completando hoje, dia 26 de outubro, 89 anos, que em Montes Claros, Norte de Minas, nascia um menino que recebeu o nome de Darcy, filho de um farmaceutico e uma professora. Anos mais tarde, quando esse menino ingressou na escola para o aprendizado das primeiras letras, apareceu em seus atos a sina que trouxe de renovador do ensino. Essa qualidade ou esse propósito, não estava, propriamente na facilidade do aprendizado, mas, na maneira sui-generis de estudar. Essa maneira propria no aprendizado, o levou aos dezenove anos, a ingressar na faculdade de medicina que, porém, abandonou tres anos depois, ingressando, então, em 1944 na Escola de Sociologia e Política de São Paulo onde encontrou, naturalmente, o que estava dentro dos seus planos de renovação cultural. O estudo, fazia com volupia e essa volupia o levava a novos empreendimentos em busca da satisfação do seu principio enovador. Entre 1947 e 1957 trabalhou com o Marechal Rondon no Serviço de Proteção aos Índios (SPI) onde obteve conhecimentos mais profundos da relação entre humanos. Algum tempo depois, convidado por Anísio Teixeira, um baiano de Caeteté, cuja atuação à frente do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos a partir de 1952, valorizou a pesquisa educacional no país, participou dos debates para a implantação da Lei Nacional de Diretrizes e Bases, sempre como árduo defensor da educação pública. Foi um dos fundadores da Universidade de Brasília, tornando-se seu reitor em 1962, onde se fez cercar de pessoas de grande importância no ensino nacional, com uma extrema visão do papel que a Universidade deve ter. Entre esses importantes elementos estavam Hermes Lima (Conselho Federal de Educação), Abgar Renault (Conselho Federal de Educação), Oswaldo Trigueiro (Ministro do STE), Frei Mateus Rocha (Provincial da Ordem Dominiciana no Brasil), Alcides da Rocha Miranda(Presidente da Fundação Cultural de Brasília) e João Moojen de Oliveira(Secretário de Agricultura do DF), que passaram a compor o Conselho Diretor da Fundação Universidade de Brasília(FUB). Em setembro desse mesmo ano, Darcy afasta-se da Universidade de Brasilia, entregando a reitoria ao Frei Mateus Rocha que ali ficou até 24 de de janeiro de 1963, quando Darcy retornou. Nesse período em que ficou afastado da Universidade de Brasieia, esteve como Ministro da Educação e depois, Chefe da Casa Civil da Presidência da Republica. Foi uma vida dedicada ao estudo dos problemas educacionais do país, procurando sempre resolve-los. No Rio de Janeiro quando vice governador entre 1983 e 87, implantou um novo modelo de ensino primário, como, também, criou os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), que veio revolucionar o ensino publico. Darcy Ribeiro faleceu em Brasília, em 17 de fevereiro de 1997, tendo sido sepultado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Após seu falecimento, a Fundação Darcy Ribeiro (Fundar) tornou-se responsável pelo seu acervo e pela preservação de sua memória. Conheci, pessoalmente, Darcy Ribeiro, em 1957 quando esteve em Montes Claros visitando a família. A ele fui apresentado pelo Dr. Mario Ribeiro. Tivemos uma longa conversa e fiquei encantado com sua narrativa sobre os índios e a sua grande esperança de integração do índio na nossa sociedade. Outro contato que tivemos foi em 1985, então vice-gorvernador do Estado do Rio de Janeiro, no Governo de Leonel Brizola. Este despretensioso artigo é a homenagem que lhe prestamos, hoje, seu aniversário de nascimento. Que Deus o tenha. __________________________________________________ Darcy Ribeiro, Vida, Obra, Pensamento - Fabio Pereira Darcy Ribeiro , Nomes que honram o Senado - Toninho Vaz Darcy Ribeiro, Vida e Obra – Alexandre Meireles (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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