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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Sobre a mais recente celeuma na cidade, a ideia de utilizar parte do terreno da Praça de Esportes para financiar obras de interesse do povo de Montes Claros, venho prestar alguns esclarecimentos: 1. A utilização de pouco mais de um terço dos 32 mil m2 do logradouro não acaba com a Praça e nem reduz seu atual funcionamento. A Praça de Esportes continuará existindo e, ao contrário, as atividades serão intensificadas porque a área remanescente será totalmente reformada. 2. É preciso sopesar do que a cidade está abrindo mão e o que está ganhando em troca. A cessão do imóvel (por sinal, uma parte pouco utilizada, nos fundos da Praça de Esportes) custeará a implantação dos seguintes equipamentos comunitários: um estádio de 15 mil lugares, que o norte de Minas não tem, idealizado há mais de 40 anos; um teatro para 500 lugares, igualmente aguardado há décadas; um terminal urbano de ônibus para possibilitar a integração recentemente implantada no sistema de transporte coletivo; a adequação do sistema de trânsito na região da Praça de Esportes e total reforma desta. E, é claro, a cidade ainda vai ganhar um majestoso empreendimento na área a ser cedida, talvez um shopping com torres de salas ou apartamentos, o que gerará empregos e revitalizará a região central, cujo comércio encontra-se bastante esvaziado em face da atenção do consumidor para outros shoppings já existentes. 3. A área a ser cedida vai ser definida a partir da avaliação das obras a serem construídas. Este valor total, dividido pelo preço do m2 do terreno da Praça, resultará na metragem necessária a ser dada em pagamento. Para tanto, segundo a lei, será feita rigorosa avaliação com peritos especializados para se definir tais valores. 4. Criarei um grupo de trabalho de alto nível para acompanhar todos os trâmites da questão, para garantir transparência e efetividade nas decisões a serem tomadas. 5. Não se trata de ´sangria desatada´. Não nego, contudo, que desejo entregar as obras ainda neste mandato. Isto só será possível, se forem iniciadas em janeiro do próximo ano. Para que isto aconteça, teremos que agir com celeridade, mas sem atropelos. Respeito a reação contrária de alguns que têm se manifestado por questões sentimentais, embora contando com a sua compreensão em face do manifesto interesse público e da desmedida vantagem que o município terá com a troca. Não posso aceitar, entretanto, a reação radical e sem argumentos, insana até, da parte de outros, que mal conseguem disfarçar o latente e reles interesse político em tentar impedir que a cidade e o seu prefeito ganhem com esta ousada iniciativa. Preferem que Montes Claros seja privada de tão importantes equipamentos comunitários (chegando uns ao cúmulo de afirmarem que o estádio e o teatro não são necessários) para que não se credite ao prefeito o mérito de viabilizá-los. A estes, comunico que ouvirei, discutirei, pesarei, considerarei e contemporizarei tudo o que estiver a meu alcance, com prudência e equilíbrio, mas não me afastarei um milímetro da decisão da nossa administração, tomada após ouvir todos os segmentos interessados. Ouvirei o conselho que, certa feita, me deu o ex-prefeito Simeão Ribeiro Pires: ´faça o que deve ser feito porque jamais lhe perdoarão não ter feito por ter gasto o seu tempo em debates e discussões estéreis´. Sinceramente, não aguardo colher agradecimentos: sei que eles são escassos na vida pública. Só espero receber, um dia, o reconhecimento, ainda que silente, de haver agido com determinação e desassombro, duas importantes qualidades do verdadeiro homem público. Luiz Tadeu Leite, prefeito de Montes Claros, 12/11/11.

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