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Mensagem: (Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou ´Efemérides Montesclarenses´, que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral): 14 de novembro 1866 - Pela lei mineira n.° 1389, é criada a Comarca de Jequitaí, de 1.ª entrância, composta dos municípios de Montes Claros e Guaicuí, desmembrados da Comarca do Rio de São Francisco. 1873 - Pela lei provincial n.° 1996, o antigo arraial do Bonfim de Montes Claros passa à categoria de Vila, com o nome de Jequitaí, desmembrado do município de Montes Claros, sendo instalado no dia 15 de novembro do mesmo ano. 1883 - Nasce, em Três Pontas, Sul de Minas, o dr. Giovanni (Flora) Vecchio, filho do cel. Tobias Vecchio e dona Cândida Flora Vecchio. Fêz o curso primário em sua terra natal e no Colégio Inácio Montanha, de Pôrto Alegre, Rio Grande do Sul, e o secundário, no Colégio N. S. da Conceição, de São Leopoldo, no mesmo Estado. Seguindo para a Europa, matriculou-se na Faculdade de Medicina de Nápoles, Itália, em 1900, doutorando-se a 30 de abril de 1908, tendo excursionado pela Europa em estudos de aperfeiçoamento. Voltando ao Brasil, clinicou, até 1911, na cidade de São Gabriel, transferindo-se, naquela data, com seus pais para Montes Claros, onde igualmente exerceu a profissão de médico. Nesta cidade foi Redator de “A Verdade”, Órgão católico editado pelos cônegos premonstratenses. Mudando-se para Fortaleza, hoje Pedra Azul, ali continuou a clinicar, tornou-se fazendeiro e criador tendo sido vereador à Câmara Municipal. Dali transferiu-se para Belo Horizonte, onde reside atualmente. 1885 - E’ proposta em sessão da Câmara Municipal de Montes Claros, pelo vereador Celestino Soares da Cruz, “a construção de quatro fitões de pedras, com a largura de um metro cada um, para facilitar o trajeto de pessoas pelas ruas e praças na estação pluviosa”. A proposta foi aprovada, sendo êstes os primeiros passeios construídos nesta cidade. 1894 - Em sessão extraordinária da Câmara Municipal de Montes Claros, sob a presidência do dr. Honorato José Alves, resolve-se fazer uma representação de protesto contra o ato do engenheiro do distrito, dr. Luiz Mariano Rodrigues Costa, de receber o rêgo, a caixa d’água e o chafariz do largo da Matriz, quando na realidade as referidas obras não se acham concluídas. A Câmara toma igualmente a deliberação de passar telegrama ao Govêrno, assinado por todos os vereadores, comunicando o fato. 1900 - Nasce, em Montes Claros, o General João Punaro Blay, filho do engenheiro João Blay Filho e dona Maria Punaro Blay. Fêz o curso primário no Grupo Escolar de Teófilo Otoni, o secundário, no Colégio Militar de Barbacena e o superior, na Escola Militar do Realengo. Tem desempenhado as seguintes funções: Interventor e Governador do Estado do Espírito Santo; Comandante do Regimento Escola de Artilharia; Chefe da 5ª Secção do Estado Maior do Exército; Subchefe do Gabinete do Ministro da Guerra; Comandante da Academia Militar das Agulhas Negras, por duas vêzes. Dirigiu a Companhia do Vale do Rio Doce, na sua primeira fase, e foi Comandante da Infantaria Divisionário da 4ª Região, de Belo Horizonte. 1935 - Reabre-se a agência do Banco Hipotecário e Agricola de Minas Gerais, em Montes Claros, na loja da esquina do prédio 66 da rua Governador Valadares, tendo como gerente Mauro Moreira. 1936 - Falece dona Arysinha de Figueiredo Dias. Nasceu em Montes Claros, filha do cel. João Bernardino de Figueiredo e dona Isabel Dias de Figueiredo. Era casada com Levindo Dias, fazendeiro no município de Montes Claros. 1945 - Instala-se na esquina da rua São Francisco com a rua Ruy Barbosa, a agência do Banco de Minas Gerais, tendo como seu primeiro gerente, nesta cidade, o dr. Décio Lopes de Oliveira. - Pelo decreto-lei n.º 146, é orçada a receita da Prefeitura Municipal de Montes Claros, para o exercício de 1946, em Cr$ 1.760.000,00, fixando-se a despesa em igual quantia. 1950 - Para realizar a inaguração oficial da ligação ferroviária Sul-Norte, chegam de avião, a Montes Claros, o dr. Antônio Pereira de Castilho, Diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil; dr. Antônio G. de Andrade Pinto, Chefe da Divisão do Estado de Minas; dr. José Augusto Pena, Engenheiro da 14ª Residência; dr. Madeira de Lei, Engenheiro-Ajudante da 15. I. V. e vários outros funcionários de categoria, representantes de diversas repartições federais. Depois de pequena permanência em Montes Claros, partiu uma composição da Central do Brasil com os itinerantes para Monte Azul, a fim de procederem à importante inauguração. A linha estudada e construída sob a direção do dr. Demósthenes Rockert, mede 296 quilômetros, a partir de Montes Claros. A construção contou com tremendos empecilhos, sofrendo sêcas e enchentes de dez rios: Verde Grande, Caititu, São Domingos, Quemquem, Gorutuba, Mosquito, Serra Branca, Jacupé, Salitre e Tremedal. A linha tem 15 Estações. Havia cêrca de 14.000 trabalhadores e mais suas familias a que o impaludismo e suas recidivas faziam uma media de 500 doentes mensais, fora outras moléstias. Foram construídas treze pontes, com o vão minimo de 11 metros e o máximo de 55 metros, bem como quatro triângulos de reversão e 363 boeiros, com um comprimento total de 5.402 metros, e 25 passagens inferiores, com um comprimento de 450 metros. Com o objetivo de assegurar o fornecimento dágua às locomotivas, construíram-se cinco barragens com reserva aproximada de 600.000 ms3.; mais onze poços tubulares com a soma total de 700 metros de profundidade, sendo de 65 metros a média de profundidade de cada um. Iniciou-se a construção do Depósito de Locomotivas na cidade de Montes Claros, para reparação e conservação de locomotivas. Construiram-se 376 quilômetros de cêrcas e 800 metros de muros de alvenaria de tijolos para fechamentos das linhas e pátios das Estações. Foram igualmente construídos 48.600 metros de linha telegráfica dupla; Estações om 2.040 metros quadrados de área construída; onze asas de agente, três de mestre de linha, seis de bombeiros, com trinta grupos de turma e trinta abrigos para trole; total, 13.856 metros quadrados de área construída. Construiram-se ainda onze caixas de abastecimento de água, com elevação mecânica; três estaões de rádio de comunicação com Montes Claros, Janaúba e Monte Azul. Foi criada uma Assistência Social completa em todo o longo da linha, com muitos médicos, hospitais e escolas. Tôdas as casas de trabalhadores foram detetizadas. 1961 - São Instalados em Patis, distrito de Montes Claros, um Pôsto de Correios e Telégrafos e um Pôsto Telefônico. 1962 - Inicia-se na cidade de Montes Claros a instalação de braços para iluminação a vapor de mercúrio, no perimetro formado pelas ruas Presidente Vargas, Governador Valadares, praça Dr. Carlos (em frente ao Mercado Municipal) e avenida Cel. Prates. - Falece, em Belo Horizonte, dona Antônia Caldeira Fróis, espôsa de Orfeu Fróis, fazendeiro no município de Montes Claros. - O decreto municipal n.° 76 institui comissão encarregada da construção de um Centro de Educação Primária, na cidade de Montes Claros, e nomeia seus respectivos membros. - O decreto municipal nº 77 institui comissão encarregada da construção de um Ginásio Industrial, na cidade de Montes Claros, e nomeia os seus respectivos membros. - O decreto municipal n.° 78 institui comissão encarregada da construção de um Centro de Educação Física na cidade de Montes Claros, e nomeia os seus respectivos membros.
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