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Mensagem: Levamos o Menino Jesus para Grão-Mogol Alberto Sena Levamos o Menino Jesus para o Presépio Natural Mãos de Deus, em Grão-Mogol, presépio que o empresário Lúcio Bemquerer revela aos mineiros, aos brasileiros e ao mundo. O maior e sem igual, único “presépio natural a céu aberto”. Pode parecer estranho, mas ninguém seria capaz de medir a emoção da missão que coube a nós, a de levar o Menino Jesus a Grão-Mogol, depois de sete horas de viagem pelas BR’s 135 e 351, de tráfego intenso. A leitura da nossa tarefa de transportar o Menino Jesus até o presépio de Grão-Mogol, é de fácil entendimento. Lermos o que quer nos dizer a simbologia da tarefa de ir ao ateliê do escultor Antônio da Silva Reis, em Contagem-MG, a fim de pegar a imagem devidamente embalada em plástico-bolha, e em seguida levar o Menino Jesus, deitado no banco traseiro do carro, com os braços abertos como se saudasse a Humanidade em meio a qual acaba de chegar – isto não é um grande privilégio? O Menino Jesus chegou a Grão-Mogol na tarde de sábado, 12 de novembro de 2011, por volta das 18h, horário de verão. Quando Humberto Abdon parou o palio, em cujo banco traseiro dormia o Menino Jesus, lá estava em visita ao presépio o cronista, historiador, escritor, Haroldo Livio, de Montes Claros, que possui casa em Grão Mogol, acompanhado de Maria do Carmo; também o jornalista Paulo Narciso, da Rádio Montes Claros FM; o filho dele, Paulo Estevão, jovem cuidadoso com o pai e que bem o pai cuida dele – um tão menino quanto o outro; Antônio Pádua Bicalho, que guarda a memória da cidade; Geraldo Frois, mestre na história de Grão-Mogol; Edson Natividade Oliveira, mestre de obras do presépio; e outras pessoas; além, claro, de Lúcio Bemquerer. Quando o Menino Jesus foi retirado do palio e levado para a entrada do compartimento da administração, os olhares das pessoas se convergiram para a imagem. Boquiabertas ficaram todos no momento em que por detrás da embalagem surgiu a imagem de um menino, o Menino Jesus, esculpido pelo escultor Silva Reis – qualquer dia desses haverei de contar aqui um pouco da história dele, fascinante. As pessoas se acercaram da imagem do Menino Jesus naquele entardecer de sábado, e depois foi levada para uma sala aonde pernoitou, e na manhã de segunda-feira, levada para a lapa/manjedoura. Lúcio Bemquerer acompanhou e acompanha tudo e sabe que o presépio é o que de melhor fez até então, em sua carreira empreendedora. Ele ultima os preparativos para a inauguração do presépio, dia nove de dezembro. O padre Geraldo Magela, pároco da Matriz de Santo Antônio, de Grão-Mogol, se diz em “estado de êxtase” com o presépio edificado em oito meses de trabalho ininterrupto. Trata-se de “um amontoado de pedras sobre pedras em harmonioso desalinho, que as Mãos de Deus” semearam há milhões de anos e lá ficou esse tempo todo à espera de alguém predestinado, que desse o toque final para torná-lo de fato um presépio em condições de ser visitado por quem se interessar possa. Com recursos próprios, Bemquerer precisou só criar a infraestrutura necessária para tornar o presépio viável. Ele fez passarelas calçadas com pedra são Tomé, originárias de Grão-Mogol. Contratou o escultor para esculpir em cimento 17 personagens e animais bíblicos, sendo só o Menino Jesus esculpido em resina; e desenvolveu um projeto de iluminação para que os visitantes possam ter acesso ao presépio à noite. E mais: adaptou uma lapa que a natureza fez a propósito de uma manjedoura; edificou um espaço de meditação, onde de uma enorme pedra cai água e torna o ambiente reconfortante, reforçado por música suave; fez dois mirantes, um de altura média e o outro mais elevado, de onde se descortina esplendorosa vista de Grão-Mogol; fez numa área fora dos limites do presépio construção de equipamentos sanitários, administração e, por último, murou de pedras a parte da frente e os fundos do presépio, tendo o cuidado de instalar vidro temperado no frontispício para não tolher a visão do interior da obra. Resultado: Bemquerer, que para o padre Geraldo Magela foi “inspirado por Deus”, construiu em Grão-Mogol um presépio “natural e perene a céu aberto”. Mas não é só o padre que está em “estado de êxtase” com o presépio que será inaugurado dia nove de dezembro. Toda a população de Grão-Mogol e das cidades circunvizinhas não se cansa de fazer os melhores comentários a respeito da obra, antes mesmo da sua inauguração. Outro que está ansioso também para ver o projeto inaugurado é o prefeito municipal de Grão-Mogol, Jéferson Figueiredo. Ele promete todo apoio necessário para tornar mais fácil o acesso ao presépio, como a construção de um estacionamento, próximo ao local, para carros e ônibus, e uma nova rua de acesso a obra. O prefeito acredita que o presépio impulsionará o fluxo turístico da cidade, surgida no século XVIII, a partir do garimpo de diamantes. Várias são as atrações turísticas de Grão-Mogol, entre elas, a Matriz de Santo Antônio, toda de pedras; lapas, cânions, sítios arqueológicos, o Rio Vau e a barragem de Irapé, que forma um lago sem precedentes no País. Mas o presépio, perene, por sua grandeza como presépio e também pela sua grandiosidade natural, é agora, à proximidade do Natal e por ser o maior do mundo na sua categoria, o que mais chama a atenção de Minas, do Brasil e do mundo, em Grão-Mogol.
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