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Mensagem: O prefeito Luiz Tadeu Leite não está enganando ninguém: disse, bastante claro, varias vezes, que vai vender da Praça de Esporte tantos metros quadrados quantos forem necessários, em troca de um estádio de futebol para l5 mil pessoas, teatro poli mídia para 500 espectadores, terminal rodoviário urbano e mais alguns itens menores. Salvo seja, nem sequer o Ministério Publico, encarregado da vigilância sobre a propriedade e uso dos bens públicos, poderá alegar não ter tido ciencia, caso haja alegação de cessão se fazer em beneficio de candidatura política que se avizinha, de partido político ou alguma irregularidade que possa ser apurada. Diante disso, pode-se ter a certeza de que pelo menos metade do logradouro perderá sua finalidade inicial, necessária, e de características consideradas históricas e protegidas. Mas vejamos, quanto custaria a construção de um estádio de futebol, o Moção: ele não será talvez, bastante menor e poderá custar a décima parte do preço da construção do estádio do Corintians paulista. Esse estádio foi orçado em 500 milhões de reais, valor a ser reajustado. A décima parte, dez vezes menos, seria 50 milhões de reais o custo do Mocão. Um teatro multimídia para 500 espectadores, cujo preço está avaliado em 7 milhões e quinhentos mil reais, não ficará por menos de 10 milhões. Terminal rodoviário urbano que seja planejado para resolver problemas do transito, se bem estudado e planejado implicará em desapropriações que podem chegar a um custo igual ou maior. Mas fiquemos por enquanto nos 70 milhões de reais supostamente necessários. Será preciso, para obter tanto dinheiro, vender pelo menos 17.500 metros quadrados da Praça de Esportes, se o valor do metro quadrado, ali, for de 4.000 reais, como anunciado. A rua, a ser aberta ligando as duas avenidas do entorno e permitindo o funcionamento do shopping, se for de 5 metros de largura, com mais 4 de passeio, tirará da área de lazer mais, aproximadamente, novecentos metros. Fazendo uma conta redonda: de 32 mil metros quadrados, que é a área total da Praça de Esportes, seriam retirados quase ( ou mais, ninguém pode saber) 19 mil metros quadrados. Parece-me, entretanto, que O Prefeito Luiz Tadeu Leite não precisa abrir mão de mais esse sonho diante desses cálculos, que podem ser considerados pessimistas. Bastaria encontrar outra solução, e vejo uma, não só ao alcance, mas mais benéfica para a cidade e o povo montes-clarense. Porque não pensar em negociação com a Associação Desportiva Ateneu, para a cessão do seu estádio degradado, e transformação dele em um grande shopping, além da realização de outras miudezas. O que o Ateneu lucraria com essa iniciativa pode ser estudado sob vários modos de contrato judicial. Entre eles, a transferência do uso-fruto e administração do Mocão, por um determinado lapso de tempo, paara os atuais proprietários do estádio abadonado.. Os males causados pelo abandono do campo do Ateneu estão pedindo providencias urgentes e também criativas, como é a idéia do Prefeito Luiz Tadeu. O local virou valha couto e refugio de criminosos. Pasmem os que não conhecem o problema: o policiamento ali, quando necessário, apesar de ser pleno centro da cidade, somente pode ser feito de helicóptero. Por isso não é feito. . Assim, os benefícios pretendidos com a cessão da Praça de Esportes seriam conseguidos com a eliminação de muitos problemas. E tudo poderia ser feito com a presteza necessária, sem correria, sem criticas, sem celeuma. Só aplausos para um grande tento da Prefeiura.
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