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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Venda parcial de praça divide opiniões - Na mesma linha de conseguir recursos com a venda de espaços públicos, a Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, espera arrecadar R$ 30 milhões com a Praça de Esportes. Mas a iniciativa do poder público divide a população. A proposta é repassar à iniciativa privada de 12 mil a 15 mil metros quadrados dos 36 mil que formam o complexo de lazer, construído em 1941 pelo então presidente Getúlio Vargas. O Grupo Bretas é o mais cogitado para assumir o empreendimento. Especula-se que ele teria interesse em erguer um imóvel com um shopping center na parte de baixo e apartamentos na superior. A transação, porém, pode esbarrar em um obstáculo. A Praça de Esportes pertencia ao Estado e foi assumida pela prefeitura na década de 1960, mas a escritura sobre a transferência nunca foi feita. Como o município tem a posse há mais de 30 anos, a alternativa será requerer o usucapião para receber o documento.A estimativa do prefeito Luiz Tadeu Leite é de que o interessado tenha capacidade para movimentar R$ 90 milhões – R$ 30 milhões pelo imóvel e o restante na obra. A empresa terá que pagar ao município antes de dar início aos trabalhos.O plano da administração é usar o dinheiro arrecadado para construir o Estádio Municipal de Montes Claros, com capacidade para 15 mil pessoas, e um teatro para 500 espectadores na Praça dos Jatobás. De R$ 1 milhão a R$ 2 milhões seriam destinados à melhoria da área remanescente da Praça de Esportes e outra parte dos recursos seria usada para erguer um terminal rodoviário urbano. O município estuda se vai realizar a venda direta da propriedade ou fazer a concessão do espaço para o investidor por 35 anos. O presidente da Praça de Esportes, Geraldo Altamiro Oliveira, é um dos entusiastas do projeto, desde que seja garantida a reforma da parte do complexo – cerca de 20 mil metros quadrados – que continuar nas mãos do poder público. Segundo Geraldo, a praça, que é usada por sócios, dá um prejuízo anual de R$ 240 mil aos cofres municipais, devido à manutenção. Já o ex-presidente da Praça de Esportes, Aristóteles Mendes Ruas, é contra a iniciativa e está disposto a ir à Justiça para impedir a venda de parte do local. Ele teme que o trânsito a ser gerado pelo futuro empreendimento comprometa aquela parte da cidade.

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