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Mensagem: Mapeamento definirá uso do gás em Minas Gerais - Em dois meses, a oferta de gás natural na porção mineira da Bacia do Rio São Francisco, distribuída numa área que ocupa nada menos do que 25% do território estadual, e o destino industrial do insumo serão completamente mapeados por uma empresa contratada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Gas Energy. O estudo mostrará o estado geral das condições da bacia, integrando informações sobre as opções de destinação futura do gás, como um levantamento das cadeias produtivas que poderiam se instalar na região, que reúne mais de 100 municípios. A expectativa é que o plano diretor que baterá o martelo sobre a viabilidade econômica da exploração comercial do gás seja entregue no fim de janeiro. “Uma coisa é você ter sinal do gás, a outra é verificar se a exploração desse gás é viável”, justifica a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck. A primeira análise de viabilidade econômica já realizada entre os 39 blocos licitados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2007, em Morada Nova de Minas, apontou um volume de 6 milhões de metros cúbicos ao dia por 25 anos. O Brasil importa diariamente da Bolívia 30 milhões de metros cúbicos de gás natural. A Gas Energy foi contratada pela Cemig para elaborar o estudo que subsidiará o desenvolvimento das atividades de exploração e produção na Bacia do São Francisco. A estatal mineira, em parceria com outras empresas, detém a concessão de quatro blocos exploratórios na Bacia do São Francisco, arrematados na 10ª Rodada de Leilões da ANP, em dezembro de 2008. O trabalho consiste em levantar produtos associados ao acompanhamento da exploração dos blocos da bacia, relatório de mapeamento dos potenciais mercados consumidores de gás natural, mapa dinâmico em plataforma georeferenciada com informações estruturais e socioeconômicas da região, planilha para cálculo dos royalties e participações especiais, avaliação de custos de produção e preços de venda para o gás natural, entre outros temas. “O gás natural é um produto diferente do petróleo. O insumo só pode ser explorado se houver uma cadeia industrial na frente. Não se vende o gás natural sem viabilizar essa cadeia”, explica Paulo Sérgio Machado Ribeiro, subsecretário de Desenvolvimento Mínero-metalúrgico. De acordo com ele, o preço do gás natural depende da cadeia produtiva que está a frente dele. “Só a descoberta não viabiliza a exploração.” Detalhamento Segundo Dorothea Werneck, em primeiro lugar a Gas Energy vai preparar uma tabela por meio da qual será possível acompanhar passo a passo cada um dos 39 lotes. “Será possível saber em que estágio estão, onde há sinais de gás, qual o resultado da análise econômica. Assim teremos uma ideia mais clara de qual é o volume de gás existente nessa região”, observa. Em caso de confirmação de alto potencial, o desafio será descobrir quais são as empresas que vão usar esse gás. Há empresas que usam o insumo diretamente, como é o caso da produção de amônia. O combustível também pode ser usado numa indústria gás-química, por meio do etano, que vem junto com o gás natural. Mas para isso é preciso avaliar o conteúdo de etano do gás natural da Bacia do São Francisco”, diz a secretária de Desenvolvimento. Por outro lado, o gás natural também pode ser usado na produção de cerâmica e de minério de ferro, para fabricar o ferro esponja. “Por isso precisamos mapear esses segmentos”. Outra possibilidade no uso do gás é a construção de termelétricas. Por isso, o estudo também vai levantar as empresas intensivas em uso de energia, nas quais esse insumo representa 60% dos custos, como é o caso das empresas de ferroligas e produção de alumínio.
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