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Mensagem: RITOS DE PASSAGEM... RELATÓRIO FINAL! Como o canto do cisne é mavioso e longo, vai aí o relatório final dos meus já badalado Ritos de Passagem. O retrato na lápide de mármore carrara será um pop art feito pela blondi Letícia Laz. A terapeuta Maristela Kosinski, que tem uma anja de guarda polaca, fará o ensaio sobre a minha personalidade, ressaltando o traço emocional e a minha queda por mulheres de olhos mágicos. A poetisa Dóris Araújo fará um performance declamando os meus ritos. O escritor e poeta Felippe Prates, o querido amigo do peito, meu guru e mestre/literato, um globtroter, com o seu grande coração de Rei Lear fará a crônica daquele momento, recheada de emocionalidade e dando uma bronca! O jornalista Paulinho Narciso, olhará para o cenário tupiniquim e dirá, ao seu jeito: É isso mesmo, esse menino? Um bolachão de acetato com Roberto Carlos cantando Canzone per te. Para que possa me trazer a recordação daquela morena capricorniana que deflagrou as minhas emoções A escritora Karla Celene com a sua graça e leveza dançará no salão um pas de deux com a sua alma gêmea Roberto, e o maestro Armênio Graça executando no piano de cauda O Bolero de Ravel. Às guenguenzagens postas dentro do caixão de quinta categoria, que, de tanto peso já corre o risco de soltar o fundo, se acrescente ainda uma reza catimbó, de linha branca de Mãe Maria de Codó. A presença do renegado Chiquinho Soldado, um paraibano acunhado, desertor das fileiras da PM, companheiro de viagens em serviço pelas tantas quebradas do Maranhão, Piauí. Passamos e escapamos de trizidelas de estrada; alegrias bebendo cachaça Mangueira e tiquira, aplicando quiriquitas em bares e lupanares, dançando forró, contando bravatas. Sorrindo a bandeira despregada! Afinal, a alma serve mesmo é para os vãos dos andares da vida! O mestre Luiz Federal do Cajueiro (se ainda estiver nesse mundo doido), com a sua verve de contador de causos e relatando as suas aventuras pela Terra de Iracema, região onde as mulheres mantêm acesa a libido mesmo depois dos sessenta na radiola. A presença de uma lavadeira de roupas do Barra do Corda, no Maranhão, gigantes de ébano descendentes da Mãe África, com seus olhos azuis, resultado da miscigenação de negro, índio, franceses e holandeses. Um verdadeiro encanto exótico e tropical na Terra de Macunaíma. E por cima da fuleiragem, botem um balaio com cagaita, marmelada de cachorro, panã, gabiroba, araçá, um tijolo de doce de buriti, outro de casca de laranja e uma caixa de fósforos cheia de carrapatos daqueles pequenos só para recordar da verve libidinosa do saudoso topógrafo Zé Sales (o devagar) e suas invenções eróticas. Ele despejava os carrapatos na sua pele e pedia a parceira para catar um por um.
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