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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Reunião de vereadores termina em tapas na Câmara de Mato Verde - Na noite desta sexta-feira, uma reunião na Câmara de Vereadores de Mato Verde, na região Norte de Minas, terminou em tapas e com intervenção da PM. Durante uma discussão sobre o possível afastamento de dois políticos acusados de desvio de dinheiro público nos anos de 2007 e 2008, o clima ficou tenso e o presidente da casa abriu o regime de votação. Ele, que estava em pé, foi agredido pelo vereador Edgar Davi de Melo, um dos acusado de corrupção. Ao ser atingido, o presidente da Câmara caiu no chão. A Polícia Militar que acompanhava a sessão interveio e os políticos envolvidos na agressão e nas denúncias foram ouvidos na delegacia da cidade e liberados depois. Hoje em Dia - Reunião acaba em pancadaria na Câmara Municipal de Mato Verde - Edgard Davi Melo (PSDB) dá socos em Wanderlino Souza (PHS) durante explanação da investigação - Uma reunião ordinária, convocada para apurar denúncias de desvios de verbas na Câmara Municipal de Mato Verde, no Norte de Minas, acabou em pancadaria. Um dos vereadores denunciados, o secretário da Casa, Edgard Davi Melo (PSDB), desferiu socos no presidente do Legislativo, vereador Wanderlino Souza (PHS), durante a explanação das investigações já iniciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE). Todo o ocorrido foi filmado e postado em sites na internet. O agressor teve que ser contido por dois policiais militares que faziam a segurança do local. Eles deram voz de prisão a Edgard, que foi encaminhado ao Destacamento Policial e depois liberado para apresentação na delegacia local. Com a paralisação da reunião, não houve decisão sobre o encaminhamento da denúncia. Como o Hoje em Dia adiantou em sua edição de 24 de julho, Edgard e o vereador Júlio César da Paixão Silva (PSDB) teriam emitido, segundo o MPE, durante seis anos, notas frias no valor total de R$ 250 mil para a construção da nova sede da Câmara, mas até hoje as obras não foram iniciadas. Existe apenas um alicerce inacabado coberto por um denso matagal no lote doado pela Prefeitura ao Legislativo. A construção do imóvel deveria ter sido iniciada há três anos, quando Edgard presidia o Legislativo. O Executivo já requereu devolução do lote, já que o prazo para início das obras expirou. O Ministério Público suspeita, ainda, que parte do dinheiro desviado, cerca de R$ 20 mil, teria sido investido em material de construção. Com a não construção da sede, os produtos teriam sido desviados para obras particulares dos parlamentares, como reformas em imóveis urbanos e rurais. As denúncias sugiram quando moradores solicitaram esclarecimentos sobre a obra aos vereadores, quando o atual presidente repassou o caso para as comissões responsáveis. Ficou decidido, então, que os dois vereadores não votariam na reunião dessa sexta-feira, sendo convocados seus respectivos suplentes: Cristiano Barbosa Filho e Antônio Luiz Fagundes Meireles. Atualmente, a Câmara funciona em um imóvel alugado por um valor mensal aproximado de R$ 545. Lá, os nove vereadores, que recebem salário bruto de R$ 1.950 por mês, com exceção do presidente, que tem um adicional de R$ 800, se reúnem duas vezes por mês. O Ministério Público também apura supostos gastos ilícitos, como notas fiscais de R$ 6 mil para serviços de táxi e superfaturamento nas compras de material de escritório da Casa. Além das denúncias envolvendo os vereadores, o Executivo também foi alvo recentemente de investigação do Ministério Público. No final de junho, a juíza Gisélia Milene Santos, da comarca de Monte Azul, acatou a ação impetrada pela promotoria local, culminando no afastamento temporário da então prefeita Beatriz Fagundes Alves (PT), de seu filho Renato Fagundes Alves, tesoureiro da prefeitura, e alguns secretários. Todos acusados de lesar o erário municipal em R$ 2 milhões. Ela retornou à prefeitura em outubro passado e a Câmara aguarda apenas as assinaturas dos dois vereadores tucanos, Edgard e Júlio César, para instaurar a comissão parlamentar de inquérito (CPI) para decidir sobre a cassação da prefeita. Ambos são da base aliada da petista.

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