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Mensagem: Prefeito de Pirapora usou esquema de Marcos Valério - Ezequiel Fagundes - Documentos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais mostram que o empresário e Prefeito de Pirapora, Warmillon Fonseca Braga (DEM), é suspeito de ter usado esquema semelhante ao do empresário Marcos Valério na Bahia. Segundo despacho do juiz Antônio Adilson Salgado Araújo, da comarca de Montes Claros, Warmillon deu como garantia em uma ação de execução duas fazendas fantasmas que estariam localizadas na comarca de São Desidério, no Oeste da Bahia. O processo foi movido pela empresa paulista Benzenex Adubos e Inseticidas S/A. A pedido do juiz Adilson Salgado, o caso foi remetido para investigação do Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (GEPP) em Belo Horizonte. É justamente naquela cidade que Valério teria conseguido cooptar servidores públicos do cartório de registros de imóveis. Em troca de propina, os funcionários emitiam escrituras de imóveis inexistentes que, por sua vez, eram apresentadas pelo operador do mensalão do PT e do PSDB para garantir empréstimos bancários e execuções fiscais. A pedido da Benzenex S/A, a Justiça mineira expediu uma carta precatória para a Justiça da Bahia solicitando uma averiguação no local onde estariam localizadas as duas propriedades, batizadas de fazendas Tropical e Nova Esperança. No entanto, um oficial de Justiça da Bahia percorreu todo o município de Catolândia – que é atendido pela comarca de São Desidério – mas segundo informações de moradores da região e do próprio prefeito da cidade, os imóveis em questão não existem. Apesar das fazendas serem inexistentes, Warmillon relacionou as duas propriedades em sua declaração de bens entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na eleição de 2004. Na época, ele havia transferido o título de eleitor de Lagoa dos Patos – onde foi prefeito por dois mandatos – para entrar na campanha pela Prefeitura de Pirapora. Eleito e reeleito nas duas cidades, ele completará no ano que vem 16 anos seguidos no cargo de prefeito. Nesse período, seu patrimônio pessoal pulou de R$ 5 milhões para R$ 31,4 milhões. Convocado pelo juiz Adilson Salgado para prestar depoimento sobre as fazendas fantasmas da Bahia, Warmillon reafirmou que as propriedades existiam de fato. “Em verdade, o comportamento do executado é de falta de respeito ao Judiciário e chega às raias do deboche”, anotou o magistrado, em seu despacho. Procurado segunda-feira (5) várias vezes, o prefeito não retornou aos pedidos de entrevista. O advogado da Benzemex, Walter Botelho, lotado na Prefeitura de Montes Claros, informou que o prefeito fez um acordo com a firma e quitou a dívida há cerca de dois anos. “Fizemos um acordo”, disse.
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