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Mensagem: Praça é alvo de pedido de tombamento – Solicitação foi apresentada à Prefeitura de Montes Claros, ontem, na tentativa de impedir venda de parte do imóvel – Movimentos sociais pedem o tombamento histórico da Praça de Esportes de Montes Claros. A solicitação foi protocolada, ontem, na Secretaria de Cultura do município e também na secretaria da prefeitura, em uma tentativa de impedir a venda de até 14 mil dos 32 mil metros quadrados do imóvel. O Instituto Grande Sertão, o Centro de Agricultura Alternativa, a Assembléia Popular e o Grupo de Espeologia Peter Lund assinam o documento, que requer, ainda, a proteção das quatro serras da cidade: dos Porcos, Mel, Vieira e Sapé. A idéia é garantir a preservação dos espaços junto ao Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico (Compach). Mas segundo um ex-presidente do órgão, o ambientalista Eduardo Gomes, o Compach está desativado. Eduardo estaria tentando conseguir, junto ao Ministério Público Estadual (MPE), a reativação do conselho. Um decreto de 1941, assinado pelo então governador mineiro Benedito Valadares, autorizou a cessão da Praça de Esportes ao Montes Claros Tênis Clube. Mas estabeleceu que qualquer mudança só poderia ser feita após consulta ao Governo do Estado. O texto determinou, ainda, que cabe ao prefeito representar o Estado diante de exigências relativas ao complexo de lazer. Para Eduardo Gomes, isso comprovaria que a Praça de Esportes é patrimônio de Minas e que a venda depende do aval do atual governador, que precisaria consultar, antes, a Assembléia Legislativa. Para o secretario de Planejamento de Montes Claros, Marcos Fábio Martins Oliveira, o pedido de tombamento da Praça de Esportes tem viés político. Segundo ele – que idealizou a venda de parte do espaço à iniciativa privada -, a proposta teve “pela aceitação” da comunidade. O secretário alega, ainda, que o pedido de proteção de qualquer bem histórico pelo município tem que partir do prefeito e exige estudos que não teriam sido feitos até agora. O ambientalista Eduardo Gomes admite que para o processo de tombamento ter início, a prefeitura terá que elaborar um dossiê histórico e natural do imóvel, que é a única obra executada pelo então presidente Getúlio Vargas em Montes Claros. Ele afirma concordar que há subaproveitamento da Praça de Esportes, mas diz que qualquer destinação diferente deve preservar a história do lugar. Se conseguir vender parte da praça, a prefeitura vai usar o dinheiro para construir o Estádio Municipal Moção, para 15 mil pessoas, o Teatro Municipal, para 500 espectadores, o Terminal Urbano de Passageiros e ainda restaurar o que “sobrar” da Praça de Esportes. Outra hipótese é dispor de toda a praça, a um preço estimado de R$ 105 milhões, e incluir nas obras a Construção da Vila Olímpica, ao lado do Estádio Moção.
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