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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Como as fortes chuvas que caem na região central do estado podem inundar vários lugarejos, sítios e até cidades as margens do Rio São Francisco. Observando o nível do rio próximo a Pirapora e Ibiai, a possibilidade de inundação não é remota caso a Barragem de três Marias chegar atingir seu nível máximo de segurança. Como já trabalhei nas construções das Barragens de São Simão e Itaipu, sei que toda hidrelétrica tem diversos sistemas de segurança, porém, chegando a seu limite máximo, o excesso será liberado para a jusante inundando inicialmente as vazantes, depois casas dos sítios e lugarejos ribeirinhos. O efeito seria parecido com o de uma grande enchente de causas naturais. Com o aumento abrupto das vazões dos rios que contribuem com o “Velho Chico” - as cheias desses ainda não chegaram a Barragem de Três Marias, um exemplo o Rio Pará que já obrigou a abertura das comportas da Barragem do Cajurú - este rio junto ao São Francisco, Paraopeba, Indaiá e Borrachudo, irão influir na operação da represa – provavelmente a concessionária não terá outra alternativa, a não ser a abertura imediata das comportas. Como, mais embaixo a calha do Rio já tem a contribuição das cheias dos rios Abaeté, Formoso, Velhas, Paracatu, Jequitai e Verde grande, provavelmente o São Francisco não absorverá o excesso de água provocando uma enchente como a de “79” – principalmente em terras baixas (vazantes) onde o alagamento será bem maior. Diante das questões enunciadas - se a concessionária tem recebido e monitorados os dados meteorológicos e tudo indicava a tendência de fortes chuvas para o período. A lógica é a abertura progressiva das comportas antes das fortes chuvas previstas, evitando assim uma inundação dantesca. Com a abertura progressiva o aumento da vazão será gradual não trazendo conseqüências drásticas para os ribeirinhos. Tenho certeza que a concessionária atentou para esta operação. Mas, o Velho Chico já está furioso, suas margens já está desaparecendo. Quanto a Montes Claros a preocupação com o Rio Vieira na área urbana, volto a dizer o problema não é permeabilidade ou impermeabilidade. A área da seção do canal, segundo estudos dos especialistas que projetaram todo o canal na época do projeto SOMA, sua capacidade de escoamento atende toda bacia hidrográfica do Rio vieira, o que falta, e não foi feito desde de outras administrações foi os canais adicionais de enchentes – que eu chamo de “by –Pass anti-enchentes”. Outra coisa é a limpeza do canal embaixo da ponte da Rua Santa Maria que estreitou a seção do canal, provocando um remanso. Tem que eliminar os depósitos de lixo e terra por todo Rio na área urbana. Não quero dizer que são soluções. Estamos testemunhando a situação das cidades atingidas pelas chuvas por todo país - quando a natureza quer, não tem solução, não é a impermeabilização de vinte ou trinta ruas que vão contribuir para enchentes. Eventos naturais são terríveis; só mesmo os planos de emergências e a proatividade para minimizar a situação.

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