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Mensagem: JANAUBA DE HOJE, QUEM DIRIA? JOSÉ PRATES Um dia desses, estava lendo uma notícia sobre Janaúba e fiquei impressionado com o rápido desenvolvimento econômico e cultural da cidade que vi nascer, não faz tanto tempo assim. Acontece que o tempo passa rápido, as coisas acontecem e a gente não chega nem a sentir a distância que nos separa do passado. Parece-me que foi ontem que cheguei a Janaúba, para assumir meu primeiro emprego. Era um lugar pequeno, quase restrito aos funcionários da Central do Brasil, operários da construção da estrada de ferro, cuja ponta de trilhos já chegava na estação recém construída. Na esplanada, estavam as casas do Chefe da Estação, dos Agentes e dos guarda-chaves. Ainda na esplanada, as casas de operários, quase todas pequenas, com pouco conforto. Dentro do “triangulo” preparado pra inverter a posição da locomotiva, para o regresso, ficava o refeitório da moçada. Na chegada à Estação, ficava a mansão do Dr. Mauricio Azevedo, cirurgião dentista, que tratava os dentes de todo mundo. Mesmo antes de inaugurar a estação, começou a chegar os futuros comerciantes do lugar. Antes desses, antes mesmo da chegada da ponta de trilhos, já estava na localidade, uma simples fazenda, Antonino Catulé que em 1939 fez construir a pequena capela que dedicou ao Senhor Bom Jesus. Quando inauguraram a estação ferroviária em 1943 com trem misto, passageiros e carga, três dias na semana, para Montes Claros, foi que começou a chegar mais gente construindo casas de alvenaria em volta da capela. A primeira família a habitar a proximidade da Estação, foi a do Doutor Mauricio de Azevedo que ocupou um vasto terreno, construindo ali uma verdadeira mansão para aqueles tempos; em seguida a de Moises Bento Lacerda que se dedicou ao comercio atacadistas de milho e algodão. Mais tarde vieram Américo Soares de Oliveira, Jacinto Mendes, Santos Mendes e Mozart Mendes Martins, construindo residencias nas poximidades da capela, formando o que é hoje a Praça Dr Rochert. Esses comerciantes pioneiros em Janauba, foram os criadores da cidade. A posição geográfica do lugar e a fartura de água que prometiam um desenvolvimento rápido com vantagens para quem se dispusesse a investir na cidade que nascia, atraiu os primeiros comerciantes que se fixaram na pequena praça, abrindo pequenas lojas, atraindo os gorutubanos à compra. Pra mim, parece que foi ontem que isto aconteceu e me espanta ver Janaúba na posição em que está hoje como a segunda maior cidade do norte de Minas com um desenvolvimento econômico e cultural superado, apenas, por Montes Claros. Hoje, podemos dizer que graças ao desempenho e esforço dos primeiros habitantes, destacando-se Antonino Catulé, a quem a cidade muito deve, Janauba conquistou lugar de destaque no Estado com campus de Universidade Federal e o único Hospital Escola do Norte de Minas. Pra quem, como eu, assistiu ao nascimento do município, assinando a ata de fundação, tudo isto é muita surpresa que causa muita alegria. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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