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Mensagem: CHOFER DE PRAÇA Em meados de 1950, falava-se em chofer de praça e a profissão conferia status, já que o número de veículos em circulação pela urbe era reduzido e os profissionais de praça botavam banca! O povo era pouco desenvolvido e andar de carro considerado quase viver uma aventura! Daí, alguns chofers se tornaram verdadeiros don Juans. O fato se dava porque algumas senhoras casadas traídas, para se vingar dos maridos procuravam um chofer para fazê-lo, dado à mobilidade que o veículo conferia além do natural e conveniente álibi de tratar-se de uma passageira... Predominavam os veículos importados, verdadeiras relíquias do romantismo. Packard, com Elpídio Dourado, Ford Sedan, com David e Mário, Oldsmobile com Geraldo Colares e Osvaldo Preto e Chevrolet, com Zé Antônio. Um Buick, com Jaime Estopa Suja e Júlio Antonio. O Ford Cupê 46 de luxo, com Leopoldo. Depois veio Gê Sanfoneiro com seu Ford Preto e a paixão pela música Asa Branca, cantada por Luiz Gonzaga. Levando os nossos passageiros a passeio, sempre bem vestidos, dispunhamos, ainda, de João Brejeiro, com um Mercury, Leví Cheiroso e seu Sedan Chevrolet Passeio, além de Marquinhos, Pedro Vieira, Hélio de Rocha, Zé de Juca. Havia, também, José Antônio, pai de Pedro Cantinflas, Zezinho Preto, Leví, Mário Nortista, Ferreirinha com suas cólicas de matar e Isauro, sempre muito alegre, que colecionava guarda-chuvas esquecidos e cantava Ave Maria em vez de buzina. Alguns dirigiam caminhões, como o L -16, o V- 8 e o Bulldog. Logo chegou a modernidade e Mariano era instrutor de direção, profissão que exerceu por cinqüenta anos. Aí vieram os Aero Willys, as Rural Willys, Os Galaxies, os Simca Chambords, as Pick Ups, e os Renault Dauphines, apelidados de “leite Glória”, pois desmanchavam sem bater... Seguiram-se os Gordinis e seus “40 HP de emoção”, época em que a população já tinha acesso a financiamentos e o chofer de praça passou a ser conhecido apenasmente como motorista de táxi. Dentre os instrutores de direção, destacavam-se ainda Alcebíades e Moacir. Quem conservava no capricho um carro romântico era Jair Amintas e sua Baratinha Alemã. Dominguinhos Braga tinha um Impala, Oscar Gabriel o Cadillac Rabo de Peixe, Leví Daltro um Simca Chambord e Romeu o seu luxuoso Willys Itamaraty. Aos demais chofers do passado, que não citamos por lapso de memória, ou por falta de espaço, recebam aqui as nossas desculpas com carinhosa homenagem.
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