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Mensagem: ´Entendi isso como um recomeço. Vou recomeçar do zero, Márcia. Perdi tudo que era parte física, mas os projetos continuam´. Foram essas as palavras do cineasta montesclarense Alberto Graça, residente no Rio de Janeiro e cuja produtora ocupava dois andares de um dos prédios que desabou na noite de ontem. Por telefone, Alberto contou que saíra do prédio às 8h05m. Por pouco ainda estaria ali. Os funcionários da produtora já haviam saído e ele esticou mais alguns minutos no escritório. Chegava em casa, quando soube por uma amiga, o que havia acontecido. Voltou ao local. No lugar do prédio, apenas poeira e escombros. O antigo escritório, distante apenas alguns metros do atual, era na Pc Floriano, com vista para o Theatro Municipal e Biblioteca Nacional. Precisava de mais espaço e transferiu-se para o prédio da esquina, estilo art-decô. Hoje, o prédio está no chão. E Alberto considera-se privilegiado, por estar vivo. Em nenhum momento da conversa mostrou-se revoltado ou nervoso. Resignado, disposto a reconstruir e com lucidez, relatou ter passado na porta do prédio maior, de 18 andares, que desabou sobre o dele, de 10 andares, por volta das 15h. ´Se fosse às 15h, todos (cerca de 40 funcionários) estariam lá, trabalhando. Fala-se em cheiro de gás, mas ninguém confirmou nada. Aconteceu sem nenhum aviso, de repente, sem sinal... Perdi tudo´, resumiu o cineasta. A memória do computador e tudo que o aparelho carregava, foi-se. A memória emocional do sobrevivente está mais viva do que nunca. Este ano, contou, filmará na Espanha, tem também um filme brasileiro e todos os projetos continuam. Recomeçar ! Foi a mensagem que recebeu.
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