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Mensagem: Servidora tenta provar que está viva – A mulher de 41 anos foi dada como morta, em 26 de janeiro, depois de passar por uma cirurgia em Montes Claros – Girleno Alencar – A servidora estadual Nailde Alves Almeida, de 41 anos, luta para provar que está viva e voltar a receber o salário do governo estadual. Ela trabalha no Hospital Universitário Clemente de Farias, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), tendo sido dada como morta no dia 26 de janeiro. Depois dessa data, Nailde afirma não ter conseguido receber o pagamento referente ao último mês. A funcionária pública somente descobriu que o óbito constava nos registros oficiais da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag) e do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) na última quarta-feira, quando o irmão de Nailde, Roberto Alves, foi até a agência bancária para sacar um valor na conta dela, mas não havia saldo. A primeira parcela do prêmio de produtividade, apesar de a Seplag garantir que já teria sido pago a ela, também não consta no extrato bancário da servidora. “Até pensei que o Estado estava mal financeiramente e acabou atrasando o pagamento dos servidores, que sempre ocorre no quinto dia útil. Fui averiguar, e a secretaria informou que eu estava morta. Agora tenho que provar que estou viva”, frisou a mulher. Nailde conta que trabalhou normalmente até 21 de janeiro. No dia 23, foi submetida a uma cirurgia para retirada do útero no Hospital Aroldo Tourinho, e ficou três dias internada. Quanto retornou para retirar os pontos, no dia 7, a atendente do hospital d isse que o procedimento não poderia ser realizado já que constava, nos registros, a morte da funcionária pública. Nailde só foi atendida pelo médico Milton Varella depois que ela ameaçou retirar os pontos sozinha. Ao procurar a Central de Atendimento do Ipsemg, a mulher foi informada de que o órgão recebeu um e-mail comunicando a morte da servidora. “No entanto, até agora, não sei quem enviou esse e-mail. O Ipsemg não diz quem foi o remetente, mas afirma que a falha já foi corrigida”, conta Nailde. Na Gerência Regional de Montes Claros, onde a funcionária pública também procurou explicações, os documentos atestando a morte dela não foram apresentados. Tanto no hospital onde Nailde fez a cirurgia quanto no cartório da cidade não foram encontrados atestados de óbito em nome da servidora. A preocupação, agora, é com as contas que precisam ser pagas. “A água e a luz venceram na quinta-feira e não tenho dinheiro para pagá-las. Tenho medo de eles cortarem o serviço”, salienta Nailde. Com um atestado médico de 60 dias, a servidora fará, na próxima segunda-feira, perícia médica. O documento informa que ela deve retornar ao trabalho em 20 de março. A assessoria do Ipsemg, por meio de nota, alega que o Hospital Aroldo Tourinho foi o culpado pelo erro, pois, ao comunicar o tratamento de Nailde, informou um código usado para identificar a morte de um paciente. A assessoria do governo estadual informa que já foi ordenado um pagamento avulso à Nailde, o que deve ocorrer na próxima semana. Estado de Minas -Técnica em enfermagem dada como morta não consegue receber salário Ela deu entrada em hospital para retirada do útero. Mesmo com procedimento bem sucedido, foi dada como morta. Agora sua documentação foi bloqueada na Seplag e ela não consegue receber - Luiz Ribeiro - A técnica em enfermagem Nailde Alves de Almeida, de 41 anos, que é servidora publica estadual, fez uma cirurgia para a retirada do útero (histerectomia) no Hospital Aroldo Tourinho, em Montes Claros (Norte de Minas), no dia 23 de janeiro. O procedimento foi bem sucedido. Quando retornou para a retirada dos pontos, em 7 de fevereiro, ela teve uma surpresa: foi comunicada que tinha sido dada como morta desde 26 de janeiro. Mesmo considerada como “falecida”, Nailde conseguiu o novo atendimento. Mas, ainda espera o recebimento do salário relativo a janeiro, que por causa de sua ´morte´, acabou suspenso. Nailde trabalha no Hospital Universitário Clemente de Faria, ligado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Ela conta que fez a cirurgia para a retirada do útero, no Hospital Aroldo Tourinho, no dia 23 de por conta do convênio do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg). Ao retornar para a retirada dos pontos, foi informada que o seu cartão do Ipsemg estava cancelado. “Quando fui saber o motivo do cancelamento, me disseram que eu era considerada como falecida”, diz a técnica em enfermagem, que acabou conseguindo o atendimento no mesmo dia. Ela disse que,na sequência, procurou a agência do Ipsemg em Montes Claros e a repartição informou que tinha recebido um email, dando conta da sua “morte”. “Porém, não me explicaram de onde veio o email”, argumenta Nailde. Ainda segundo a técnica em enfermagem, constando que ela continua viva, o Ipsemg fez o desbloqueio do seu cartão de atendimento do convênio. Porém, relata Nailde, como foi dada como morta, a sua documentação foi bloqueada junto à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Por isso, ela não recebu o pagamento de salário referente ao mês de janeiro. “Me disseram que somente depois de regularizar a situação que deverei receber o pagamento, no início de março, quando pagarem o salário de fevereiro. Mas, estou precisando do dinheiro agora para saldar minhas contas”, reclama a servidora.O Cartório de Registro Civil de Montes Claros informou ontem que não registrou nenhum atestado de óbito em nome de Nailde Alves de Almeida. Em nota, a Seplag informou que, no dia 27 de janeiro, recebeu um comunicado o Ipsemg, informand que a “servidora Nailde Alves de Almeida havia falecido em um dos hospitais conveniados, motivando a suspensão do pagamento para posterior averiguação”. De acordo com a nota, “o equívoco do Hospital Aroldo Tourinho (..) foi o de lançar o motivo óbito ao registrar a alta da paciente, dando baixa em seu cadastro no Ipsemg e no sistema de pagamento”. A Secretaria de Planejamento e Gestão informou que o Ipsemg corrigiu a situação e que já foi autorizado o pagamento do salário de Nailde referente a janeiro.
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