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Mensagem: Detento que manteve refém em presídio ficará em regime disciplinar rígido - Pedro Francisco Vieira ficará recolhido dentro do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá - Luiz Ribeiro -O detento Pedro Francisco Vieira, de 33 anos, que, entre domingo e segunda-feira, fez a cabeleireira Cleide Márcia Oliveira Santos, de 38, refém dentro de uma cela, durante 24 horas e 11 minutos no Presídio Regional de Montes Claros, ficará recolhido dentro do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá (Norte de Minas). Ele foi transferido a unidade na tarde de segunda-feira, depois do fim do sequestro. Depois de atendidas várias exigências do sequestrador (uma delas a transferência para outro presídio), refém foi libertada, sem ferimentos. Houve muita tensão e pavor, com a cabeleireira sendo ameaçada com um chuço (arma artesanal feita por Pedro Francisco com um pedaço de ferro que ele retirou de uma luminária) e uma espécie de estilete. As negociações foram comandadas pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de Belo Horizonte. A Penitenciária Máxima de Francisco Sá é a única do estado que conta com o RDD. Ao todo, são 32 celas do regime diferenciado, nas quais os presos ficam totalmente isolados, com restrições de visitas e monitorados o tempo todo. O recolhimento de presos no sistema diferenciado precisa de autorização de um juiz. O diretor do Presídio Regional de Montes Claros, José Pedro Oliveira, disse que pediu a reclusão de Pedro Francisco Vieira no RDD por causa da sua periculosidade. “Pelo seu comportamento, ele já mostrou que não pode ser mantido junto com outros presos”, salienta Oliveira, lembrando que antes do sequestrar a cabeleireira (que visitava um filho na prisão) e tentar contra a vida de um agente penitenciário, Pedro Francisco tentou matar outro detento e fez uma greve de fome por sete dias dentro da cadeia. O detento é dono de uma longa ficha criminal, incluindo vários homicídios, assaltos à mão armada e estupros e sequestros. Natural de Canavieiras (Sul da Bahia), Pedro Francisco vivia em Prado (também no litoral baiano), onde é o principal suspeito de um dos crimes que mais chocaram a região: o assassinato da dona de casa Damiana Cruz Guimarães, que foi morta a pauladas, depois de violentadas sexualmente, em primeiro de março de 2008. Logo depois da morte da mulher, ele desapareceu da região e mudou-se para Minas Gerais (Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha), onde continuou a escalada no mundo do crime e acabou preso. “A noticia que correu aqui é que ele teria sido morto, mas somente agora tomamos conhecimento de que ele continua vivo”, afirma o radialista Benedito Danta, da Rádio Comunitária 104 FM, de Prado, que, na segunda-feira, através do seu programa na emissora, conseguiu localização a irmã do detento, Rosa Francisco Vieira, que, imediatamente, falou com o irmão pelo telefone. A localização de Rosa foi o ponto chave para o fim do sequestro no presídio de Montes Claros, já que uma das exigências de Pedro Francisco era manter contato com alguém de sua família.
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