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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Sem segurança, igrejas de Minas têm aumento nos casos de furto Objetos de templo citado por Guimarães Rosa foram levados - Paulo Peixoto - Com 5.000 habitantes, Itacambira (512 km de Belo Horizonte), no norte de Minas Gerais, vive em torno da igreja matriz de Santo Antônio, construção do século 18. Na madrugada do último dia 15, ladrões arrombaram a porta e levaram cinco peças sacras do templo barroco, citado por Guimarães Rosa em ´Grande Sertão: Veredas´. Igrejas e capelas barrocas de Minas Gerais tiveram 179 peças furtadas de 2002 a 2011 -aumento de 10% na comparação com os dez anos anteriores, de 1992 a 2001. Em Itacambira, alarmes da igreja não funcionaram porque havia vencido o contrato do Governo de Minas com a empresa de segurança. Ao todo, 40 igrejas mineiras ficaram sem câmeras e alarmes desde o final de 2011. Depois do furto à igreja de 300 anos, o Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico) assinou contrato emergencial com a mesma empresa de segurança para manter os serviços. ADAPTAÇÃO Até anteontem, 8 das 40 igrejas já estavam com o sistema de segurança restabelecido. O governo promete a retomada integral do serviço até o final do mês. Sobre a demora na renovação do contrato, o Iepha informou apenas que vem ´se adaptando às realidades locais e promovendo a reestruturação de algumas ações´. Anunciou ainda a ampliação dos bens protegidos. O promotor Marcos Paulo de Souza, que coordena a área de defesa do patrimônio no Ministério Público mineiro, disse que são necessárias mais medidas para conter furtos, como a criação de delegacia especializada. Isso porque, diz Souza, a maioria dos furtos nas igrejas barrocas é praticada por quadrilhas especializadas, que costumam agir por encomenda de colecionadores. As peças de madeira do século 18 são as mais cobiçadas. E não são apenas as imagens. Em 2007, por exemplo, ladrões levaram portas da capela de Nossa Senhora do Livramento, construção de 1753, em Prados. O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), com 257 igrejas e capelas tombadas em Minas, disse que tem aprimorado a vigilância, mas, por segurança, não fornece detalhes. Iepha e Iphan informam que começaram a trocar informações sobre segurança.

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