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Mensagem: MONTES CLAROS QUE NOS ORGULHA José Prates Pra gente como eu que vive distante de Montes Claros, há muito tempo sem ir lá, acompanhando o que lá acontece, somente pelo noticiário dos jornais, fica difícil escrever uma crônica a seu respeito. Sabemos que a cidade cresceu, espichou para um lado e para o outro e subiu, querendo chegar às nuvens, com edifícios altos, ocultando as imponentes torres da Catedral que pareciam tão altas, ao ponto de amedrontar os que tentavam chegar ao campanário. A Rua Dr. Santos, a principal, tinha edifício de quatro andares que privilegiava os moradores com a vista, por cima, daquele imenso casario, sobressaindo as torres da Catedral. Dona Maria que morava no quarto andar, não ia à janela porque tinha medo de altura. As ruas calçadas de “pé de moleque”, nem todas. Algumas eram somente terra batida que na seca, levantava poeira à passagem dos carros e nas águas os atolavam no barro. Com tudo isso, era a cidade líder do Norte de Minas, com jeito de gente rica, mas, sem “snobar” nenhuma outra. Morar em Montes Claros, na Rua Quinze, por exemplo, era chiquérrimo e cômodo porque ali estava o centro comercial com as Casas Ramos que vendiam “de um tudo”; a Gazeta do Norte e a ZYD-7 estavam alí. Pra diversão não havia muita coisa, mas, o que havia satisfazia todo mundo::eram três salas de cinema que lotavam aos domingos, principalmente nas matin]es: o Cel Ribeiro, o Montes Claros e o Ipiranga; no esporte tina a Praça de Esportes com piscina, salões de jogos, quadras de basquete e vôlei e o Estádio João Rebello com partidas de futebol aos domingos, no campeonato da cidade. Times de futebol, os mais, destacados eram o Ateneu, o Casemiro de Abreu e o Ferroviário. O que sempre se destacou em Montes Claros foi a sua vocação desenvolvimentista que nasceu junto com as primeiras casas. Gonçalves Figueira para alcançar mercado para o gado, construiu estradas para Tranqueiras na Bahia, e para o Rio São Francisco. Era grande o seu interesse de expansão do comércio de gados, e com isto, procurou ligar-se ao Rio das Velhas e também à Pitangui e Serro. A região foi se povoando e a Fazenda de Montes Claros transformou-se no maior Centro Comercial de Gado, no Norte de Minas Gerais. Não ficou somente ai. Não demorou e o Arraial das Formigas transformou-se na Vila de Montes Claros de Formigas com o comercio crescendo e logo, logo, era Cidade de Montes Claros centro comercial ativo do Norte de Minas. Mas o progresso não parou por ai. Não demorou e chegou o Hospital da Saude que se transformou na Santa Casa e logo mais tarde chegava a Escola para a criançada. Não pensem que parou por ai. A população crescia com a cidade e era necessário um jornal para manter o povo informado e foi em 1884 que nasceu o primeiro jornal com o titulo Correio do Norte, coisa de cidade desenvolvida; Por incrivel que pareça, desde sua fundação, não houve em Montes Claros qualquer periodo de estagnação do desenvolvimento. O grande processo de industrialização veio em 1970, quando chegaram os incentivos fiscais e financiamento do poder publico através da Superintendencia de desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) . Isto fez com que a cidade atraisse mais gente interessada no seu desenvolvimento, originando um grande fluxo migratorio, forçandp um crescimento desordenado, cujos efeitos são sentidos até hoje, pelo que observamos nos comentarios postados nos jornais que nos chegam. Montes Claros, porem é trabalhadora e segue em frente avançando mais e mais no desenvolvimento que orgulha seus filhos. É prazeiroso dizer: eu sou montesclarense. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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