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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Casa de GG HAROLDO LÍVIO A demolição da casa de Godofredo Guedes, na Rua Rui Barbosa, não quer dizer que seu nome começa a ser esquecido pela cidade que tanto amou e onde viveu a maior parte de sua vida. Aqui, naquela pequena casa, ele produziu a parte mais importante de sua obra artística e criou sua família de artistas. A primogênita, Teresinha, é pintora e já expôs seus quadros diversas vezes. O primeiro varão, Zeca, deu o duro em letreiros comerciais, colocando a logomarca GG, em cartazes e caminhões, e também é pintor acadêmico muito apreciado, embora parecesse que já tenha se aposentado, o que é uma pena. O segundo varão, que já vive em nossa saudade, o inesquecível Patão, era mais um pintor da prole de GG e dona Júlia, a baiana que preparava a melhor feijoada à baiana, em toda parte, incluindo-se a Bahia. O terceiro varão e caçula, Beto Guedes, partiu para a seara musical, seguindo as pegadas paternas, achando-se consagrado como uma das vozes gloriosas da música popular brasileira. É nome nacional e definitivo. Montes Claros reverencia a obra musical e pictórica de GG dando seu nome a uma praça central e à galeria do Centro Cultural. Parece que as homenagens expressam o sentimento de gratidão e veneração da cidade, pelo artista que a elevou na melodia de suas canções e na beleza visual das telas que mantêm vivos a capela do Rosário, o Mercado antigo e diversas construções que não mais existem, derrubadas que foram pelas picaretas da explosão de crescimento urbano e pela especulação imobiliária. Felizmente, Godofredo Guedes estava presente, por um capricho do destino, e documentou, em seus quadros, parte significativa de nosso patrimônio histórico. Porque, talvez não saibam, houve a ameaça de GG fixar residência em outra cidade da região, quando deixou a Bahia. Teria corrido, então, a história por um rumo diferente e com enorme prejuízo para Montes Claros, que não teria se enriquecido culturalmente com suas criações. Buscando as montanhas alterosas de Minas Gerais, ele, o artista, deixou-se encantar pela paisagem de Monte Azul e ali se estabeleceu com uma farmácia. Lá pelas tantas, recebeu um recado do prefeito todo-poderoso, coronel Levi Souza e Silva, de que tratasse, com urgência, de levar sua botica para outra cidade, pois não havia lugar para mais uma farmácia, concorrendo com a que já existia. Foi assim, truculentamente, que GG mudou seu destino e o nosso destino, partindo da aprazível cidade do monte azul para a cidade dos montes claros. (Do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros)

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