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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Preso cabo da PM suspeito de matar 21 em Minas - Policial, que teve a prisão temporária decretada por 30 dias, pode ser o maior homicida do Norte de Minas - Girleno Alencar – O cabo da Polícia Militar Laércio Soares Melo, conhecido como “Cabo Melo”, foi preso neste domingo (25) em Montes Claros, no Norte de Minas. Suspeito de cometer 21 assassinatos, o policial pode ser o maior homicida do Norte de Minas. Segundo a Polícia Civil, em pelo menos dois casos a autoria já teria sido confirmada. Melo, porém, nega todas as acusações. O cabo teve a prisão temporária decretada por 30 dias, após o pedido do delegado Rodrigo Bossi de Pinho, da Delegacia Especializada de Homicídios de Belo Horizonte, que considera o suspeito um “psicopata”. Uma das vítimas de Melo seria Francisco Santos Filho, o “Chiquinho Despachante”, desaparecido em 31 de dezembro de 2009. Na semana passada, uma equipe da Polícia Civil de BH intensificou as investigações contra o PM em Montes Claros, após uma testemunha afirmar ter visto suspeito e despachante juntos, antes de Chiquinho sumir. Outro informante teria revelado como foi a execução. As mortes aconteceram em cidades onde o cabo trabalhou. Segundo as investigações, o militar conquistava a confiança da vítima, abria um negócio com ela e depois a matava. O comando da PM em Montes Claros informou que somente uma decisão judicial irá definir o destino de Melo na corporação. Para o advogado Júlio Antônio Canela, que defende o suspeito, não há provas nem materialidade dos crimes Estado de Minas - Policial de Montes Claros é suspeito de 21 homicídios Depois de dois anos investigando um desaparecimento ocorrido em 2009, Polícia Civil chega a um cabo da PM lotado em Montes Claros, considerado um matador em série - Luiz Ribeiro - Investigações de um misterioso assassinato ocorrido em Montes Claros, no Norte de Minas, levaram a Polícia Civil até o cabo da Polícia Militar Laércio Soares Melo, de 38 anos, suspeito de ser um assassino em série, e que teria cometido outros 20 homicídios pelo estado. Depois de mais de dois anos de apuração, o anúncio foi feito ontem pelo delegado Rodrigo Bossi, da Delegacia Especializada de Homicídios de Belo Horizonte. Desde o desaparecimento do despachante Francisco Santos Filho, de 38 anos, o Chiquinho Despachante, na cidade norte-mineira, uma equipe de investigadores se debruçou sobre o caso. Ele sumiu em 30 de dezembro de 2009, sendo visto pela última vez perto de um posto de gasolina no Centro de Montes Claros. De acordo com Bossi, o despachante foi mais uma vítima do cabo Melo, que foi preso e está no 10º Batalhão da PM em Montes Claros. “O militar Laércio Melo tem um perfil de psicopata”, afirmou Bossi, revelando que há indícios de que o PM não agia sozinho. Como no caso da modelo Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno, Chiquinho Despachante foi dado como morto pelas investigações da polícia sem que seu corpo fosse encontrado, sendo um policial apontado como o principal envolvido no crime. “A polícia concluiu que o despachante foi morto pelo militar depois de reunir diversas provas substanciais e testemunhais. A chave para o esclarecimento do crime foi uma testemunha, que em depoimento revelou ter recebido oferta de R$ 5 mil de Laércio Melo para matar o despachante, mas rejeitou a proposta”, contou Bossi. O rapaz, que teria sofrido ameaças, foi inserido no programa de proteção de testemunhas do governo federal. Outra testemunha que depôs informou detalhes relacionados ao envolvimento de Melo no crime, mas teria sofrido ameaças e desapareceu da cidade. A polícia concluiu que o policial Laércio Melo matou Francisco Santos Filho para se apoderar de dinheiro e de bens do despachante. “Laércio adotou a mesma tática em outros crimes. Ele se aproximava da vítima, fazendo negócios e ganhando a confiança dela, ao ponto de a pessoa transferir carros e imóveis para seu nome, além de lhe emprestar dinheiro. Depois, quando o militar passava a dever para a vítima, ele a eliminava e ficava com seus bens”, relatou Bossi. No dia do sumiço, Chiquinho estava em companhia de Melo, mas o militar garantiu, em depoimentos anteriores, que o deixou na frente de uma agência bancária no Centro. Na véspera do sumiço, Chiquinho encaminhou um e-mail para o policial, no qual falava de uma dívida de R$ 10 mil. Em 2 de janeiro de 2010, a mulher do despachante recebeu ligação feita do celular do marido, em que a pessoa pedia resgate no valor de R$ 200 mil. Não houve mais contato dos supostos sequestradores. Depois disso, houve uma manifestação em Montes Claros, cobrando apuração do caso. Durante a investigação, Melo foi apontado como autor da morte do comerciante Gilberto Martins, de 33 anos, que desapareceu em Montes Claros em 27 de junho de 2004. Seu corpo foi encontrado dois anos depois, na zona rural de Urucuia, distante 200 quilômetros da cidade polo do Norte de Minas. “As circunstâncias da morte de Gilberto foram iguais às de Chiquinho. O militar fez amizade e negócios com o comerciante. Depois que retirou dinheiro dele, o matou”, disse o delegado da Homicídios. Ontem pela manhã, familiares de Francisco Filho e de Martins acompanharam a entrevista da Polícia Civil na sede da Região Integrada de Segurança Pública de Montes Claros. A mãe do despachante, a aposentada Laudy Lucia Rabelo, de 68, contou que o militar a visitou 28 dias depois do sumiço do filho. “Ele disse que queria me dar um abraço”, disse ela, muito emocionada ao ter confirmado o assassinato de Chiquinho. A viúva de Gilberto Martins, que se identificou apenas como Silma, revelou que o militar a procurou um dia depois que o marido desapareceu. “Ele disse que não sabia onde o Gilberto se encontrava, mas prometeu que me ajudaria a criar meu filho pequeno.” OUTRO LADO A investigação do caso Chiquinho Despachante teve a participação de pelo menos quatro delegados, envolvendo as delegacias de Montes Claros e as de Belo Horizonte. Rodrigo Bossi disse que, além das testemunhas, foram de grande valia os registros de ligações telefônicas do militar. Apesar de a Polícia Civil garantir ter reunido provas substanciais contra Laércio Soares Melo, o advogado dele, Júlio Antonio Canela, declarou a inocência do cliente. “Não há provas materiais delitivas”, disse, referindo-se ao fato de o corpo do despachante não ter sido encontrado. Canela negou o envolvimento do PM na morte do comerciante Gilberto Martins. Ele disse ter ficado surpreso pelo fato de Melo ser suspeito de estar envolvido em 21 assassinatos, negando o fato. Ontem à tarde, em depoimento, o cabo se negou a responder às perguntas. Segundo o advogado, seu cliente deverá dar declaração à imprensa na manhã de hoje. O major Nivaldo Ferreira, da Companhia de Meio Ambiente do 10º Batalhão da PM de Montes Claros, unidade onde Melo é lotado, informou que o PM vai responder a um inquérito policial militar e, conforme o resultado da investigação, poderá ser excluído da corporação. O Tempo - Cabo da PM é preso suspeito de homicídio em Montes Claros - Júnia Brasil - Foi preso na manhã deste domingo, 25, o militar acusado de matar o despachante Francisco Santos Filho, mais conhecido como Chiquinho despachante, em Montes Claros, Norte de Minas. Laércio Soares Melo, o cabo Melo, foi preso após investigação da delegacia de homicídios de BH em parceria com a Polícia civil de Montes Claros. O crime teria ocorrido em dezembro de 2009, mas o militar negou participação no desaparecimento de Chiquinho. Testemunhas contaram que o cabo foi a última pessoa a se encontrar com o despachante no dia 30 de dezembro. Ele teria se encontrado com Chiquinho para receber cerca de 30 mil reais que o militar estava devendo. O militar chegou a apresentar um álibi, mas os investigadores descobriram que a informação era falsa. Cabo Melo foi levado para o 10º batalhão de Montes Claros, onde deve cumprir pena. Outros casos: A Polícia Civil ainda investiga a participação do militar em outros crimes no Norte de Minas. Cabo Melo, segundo a PC, estaria envolvimento em pelo menos mais um crime e seria suspeito de outros 20 que estão sendo investigados. Terra - Cabo da PM é preso suspeito de cometer 21 assassinatos em MG - O cabo Laércio Soares Melo, 38 anos, lotado no 10º batalhão da Polícia Militar de Montes Claros, região norte de Minas Gerais, foi preso neste domingo por ser suspeito de 21 assassinatos. Ele foi detido por policiais da Corregedoria da PM quando se apresentava para trabalhar. Melo teve a prisão temporária decretada pela Justiça. As investigações são feitas pela Delegacia de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa de Belo Horizonte (DHPP). Dos 21 homicídios, dois já tiveram investigação concluída. As apurações apontaram o policial como suspeito. ´Há indícios de participação dele nas 21 mortes em todas as regiões onde ele já trabalhou´, afirmou o delegado Rodrigo de Bossi, responsável pelos inquéritos. Dos 21 assassinatos, 12 teriam acontecido na cidade de Urucaia, cinco em Montes Claros e o restante em outros municípios do norte de Minas. ´A motivação dos homicídios seria tentar tirar vantagem financeira das vítimas. Ele (policial) iniciava uma negociação e depois matava´, denunciou o advogado Élio Soares Ribeiro, que defende a família de uma suposta vítima. ´Ele primeiro adquiria a amizade das vítimas, depois começava um relacionamento comercial. Essas vítimas passavam bens e dinheiro para ele, que passava a dever a essas pessoas. Depois ele cometia os crimes´, completou o delegado. Uma das supostas vítimas do PM é o comerciante Gilberto Martins, 36 anos, desaparecido desde 2003. Ribeiro afirma que o militar foi visto por testemunhas na cidade de Urucaia com o comerciante pouco antes do crime. ´Gilberto era revendedor de veículos e Laércio tinha negócios com ele. O policial devia R$ 3 mil a ele. Depois desse dia em que foram vistos juntos, Gilberto não apareceu mais´, afirmou. O segundo caso já concluído pela Polícia Civil é o assassinato de Francisco Santos Filho, 38 anos, que desapareceu no dia 31 de dezembro de 2009. ´Para o Chiquinho (Francisco), o policial devia cerca de R$ 30 mil. Eles faziam pequenos negócios de compra e venda de carros. Um dia os dois fizeram uma viagem para Lagoinha, zona rural de Montes Claros, e nunca mais o Chiquinho foi visto´, disse. No 10º Batalhão da PM em Montes Claros, ninguém foi localizado para falar sobre o caso. O advogado do suspeito, Júlio Canela, disse que o cabo não tem envolvimento com os crimes apontados pela Polícia Civil. ´Ele é plenamente inocente, não há provas´, afirmou.

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