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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 15 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Vítima do crack pede à mãe para ser acorrentada em Montes Claros - Homem cometia vários furtos para conseguir manter o vício e está ameaçado de morte na cidade - Girleno Alencar - A dona de casa Maria Mercês Alves Pereira tem que acorrentar, diariamente, o seu filho Sebastião Alves Vieira, de 30 anos, para evitar que ele utilize o crack e pratique furtos para manter o vício. O homem fica preso pelo tornozelo a uma corrente de seis metros, o que lhe permite percorrer os vários cômodos da pequena casa, localizada na avenida Hum, no bairro Delfino Magalhães, em Montes Claros. Durante o dia, a corrente é amarrada a uma das janelas da casa. À noite, fica no pé da cama onde Sebastião dorme. Desesperado, ele implorou à mãe que o prendesse. As drogas têm causado grandes transtornos a Maria das Mercês. No último sábado, seu filho Waldeir, de 27 anos, que saiu da cidade de Capitão Enéas para cumprimentá-la pelo aniversário, foi assassinado pelo sobrinho Davison, de 22 anos, que também é viciado em drogas. Ele queria ficar com os R$ 150 que Waldeir levava no bolso, além do celular dele. Waldeir foi assassinado com 31 facadas na altura do tórax e levou também uma paulada na cabeça, o que lhe causou traumatismo craniano. Davison está foragido. Sebastião Alves Vieira conta que está à procura de tratamento, mas não consegue uma clínica pública para a sua recuperação. Segundo ele, o tratamento particular fica muito caro e a família não consegue pagar as despesas. “Fui à prefeitura, à polícia e a diversos lugares pedindo ajuda. Estou com medo de ser morto pelos traficantes. Preciso de ajuda. Pedi a minha mãe que me acorrentasse, para evitar mais problemas. Só sairei daqui para um tratamento”, disse. Sebastião Alves já cumpriu 38 dias no presídio Alvorada, que fica próximo à casa da sua família, depois de ser preso por um furto. Ele conta que cometeu mais de 20 furtos de bicicletas, celulares e outros produtos para manter o vício. Bens adquiridos pela mãe também eram vendidos para comprar a droga. Os furtos praticados por ele estavam atraindo policiais ao local, o que levou os traficantes a ameaçá-lo de morte. Maria Mercês conta que, muitas vezes, passou fome, pois vive com pensão de um salário mínimo. Segundo ela, toda vez que fazia a feira para a casa, o filho furtava tudo para vender e consumir drogas. Ela se sente revoltada e sem saber o que fazer. “Meu filho está sujo, pois é viciado e passou a cometer crimes para manter o vício. Mas, como mãe, sofro com a situação dele”, afirma a dona de casa, que lamenta a falta de uma clínica para internar o filho. A comerciária Vanessa Cristina Alves, sobrinha de Waldeir, lamenta que o assassino do tio tenha fugido. “Queremos Justiça. Que ele seja preso e confesse quem o ajudou a matar o tio, pois sozinho não conseguiria cometer o crime”, diz.

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