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Mensagem: Tábua de pirulitos Manoel Hygino - Jornal ´Hoje em Dia´ No dia 12 de abril, os jornais publicavam que moradores do município de Engenheiro Dolabela foram surpreendidos por um tremor de terra. O fenômeno, antes raro no Norte de Minas, vai-se tornando frequente. Na última tremedura, esta de Dolabela, poucos a sentiram. Em Brasília, a central de Sismologia informou que nenhum fato significativo foi registrado pelas estações. De fato, Brasília fica muito distante dos problemas do Brasil. Os sismos por lá são outros. No início de março, Montes Claros foi atingida por abalo de 3 graus na escala Richter, isto a Universidade de Brasília soube. No ano passado, o Observatório Sismológico da UnB registrara na maior cidade da região, em menos de um mês, dois desses abalos, de que antes não se tinha notícia. Lucas Barroso, pesquisador da UnB, confirmou o novo fenômeno baseando-se no histórico da cidade e nos relatos dos moradores. Segundo ele, somaram dez os abalos nos últimos dois anos. Explicou que a cidade deve estar localizada próxima a um falha geológica ativa, que gera tremores quando se movimenta. Para Barroso, a exata compreensão do problema depende de estudos permanentes e da criação de uma estação local. E por que não se toma essa providência? Não se pode esquecer que, em 9 de dezembro de 2007, menina de cinco anos morreu em Caraíbas, distrito de Itacarambi, perto de Montes Claros, quando um tremor de 4,9 graus na Richter atingiu a região. Foi a primeira vítima desse tipo de fenômeno no Brasil. A criança dormia em casa com a família quando a estrutura da habitação caiu e a esmagou. Várias casas foram atingidas completamente e outras duas pessoas sofreram traumatismo craniano, além de mais quatro internadas com ferimentos leves. O tremor foi sentido ainda em Itacarambi, Manga e Januária. Diante disso, a Cedec reativou, em 2011, sismógrafo que monitora Caraíbas. Enquanto não se chega a uma conclusão objetiva e definitiva, cabe conhecer, por exemplo, o que diz José Ponciano Neto, técnico em meio ambiente. Ele diz que os abalos sísmicos começaram este ano mais cedo. Eles ocorrem de maio a julho e de outubro a dezembro, períodos que coincidem com a pressurização e despressurização dos lençóis freático e subterrânea do nosso cárstico. São vários os elementos que provocam tais tremores no setentrião mineiro. A água, através do seu movimento nos poros ou fissuras de um solo ou rocha, sob pressão hidrodinâmica; a temperatura que dilata a litosfera aflorada, afetando as cavernas; o fogo, que detona rochas para produzir a argamassa sobre a qual se erguem as moradias. A pergunta: Pode ser hipotético, mas se estamos longe das tectônicas, sem a mínima chance da influência dessas placas, o que pode ser? Para o técnico, as perfurações desordenadas de poços, milhares sem licenças ou outorgas, fizeram com que a região se tornasse uma tábua de pirulito. O fogo (dinamite), que abala os irmãos do Alfeirão e a serra Ibituruna não está influenciando na queda dos tetos das cavernas e galerias? Há dois anos, há um estudo em banho-maria. E a estação prometida para a cidade ficou na promessa por enquanto. Até quando?
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