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Mensagem: Fui ao lançamento do livro ´Baioneta Calada e Baioneta Falada´ de meu querido amigo Genival Tourinho. Já li. É bibliográfico. Sinto-me nele. Retrata um período importante da História do Brasil, sob a ótica de uma das pessoas mais libertárias que conheço. Genival lutou bravamente pela redemocratização do país. No dia 24 de agosto de 1967, salvo engano, Mário, seu irmão, e eu, invadimos o plenário da antiga Assembléia Legislativa para protegê-lo. Havia um murmúrio no sentido de que se ele fizesse o discurso que anunciara os milicos tomariam enérgicas providências contra ele. Diziam que sairia de lá preso. Postamo-nos, qual seguranças, em baixo da imensa tribuna e ele lá, fazendo seu pronunciamento, em plena ditadura, exaltando a memória de Getúlio Vargas. Mário me dizia: - Augustão, a gente enche de porrada qualquer filho da puta que agredir meu irmão, tá? Eu, atleta, estudante de direito, acostumado a participar de passeatas, comícios relâmpagos e assembléias, respondi: - Falou, ´Pão Véio´, ai de quem triscar nele! Genival desceu da tribuna sob demorados aplausos. Nada do que haviam anunciado ocorreu. Ao final, disse para Mário: em nosso Geni ninguém joga bosta. Ele deu uma homérica gargalhada, para espanto dos presentes, que não sabiam quais eram nossas ligações com o brilhante e corajoso orador.
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