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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Defesa Civil condena 8 casas e confirma 10 desabrigados e 18 desalojados em Montes Claros - A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), que desde sábado (19/05) está no município vistoriando imóveis abalados por tremores de terra, confirmou nesta segunda-feira que 8 residências foram condenadas após avaliação de equipe composta por engenheiro civil e comandos do 7º Batalhão de Bombeiros Militar e da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC). Não houve vítimas, apenas danos materiais, mas foram contabilizados 10 desabrigados e 18 desalojados. O abrigo municipal está sendo utilizado, contando, inclusive, com apoio do CEDEC-MG, que disponibilizou mais 10 colchonetes para auxílio às pessoas afetadas. Psicólogos e assistentes sociais da Prefeitura de Montes Claros também apoiaram nos atendimentos. O maior sismo, no sábado às 10h42, com duração de cerca de 5 segundos, foi estimado em 4,2 graus na Escala Richter, de acordo com o chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Barros. Os dados foram mensurados com base somente na leitura realizada na capital federal, devido a falhas de comunicação com sismógrafos mais próximos a Montes Claros. Um segundo tremor de terra, de 3 graus, ocorreu às 13h45. Ainda segundo Barros, os abalos estariam relacionados à acomodação de terras, “quando elas se quebram e se rompem, e as partes espalhadas da falha passam a ocupar uma nova posição de equilíbrio”. A população de diferentes bairros também relatou pelo menos mais três tremores: ainda no sábado às 14h02, outro por volta das 5 horas da manhã e mais um às 16h34 de domingo (20/05), de magnitudes moderadas. O Corpo de Bombeiros registrou um total de 596 ligações referentes ao abalo sísmico no telefone de emergência 193. Foram realizadas 60 vistorias pelas equipes, sendo que, nas mais relevantes e que ensejaram a desocupação e condenação do imóvel, houve o acompanhamento e participação direta da CEDEC-MG. O engenheiro civil do município que acompanhou a equipe trata-se de Eduardo Marques Dias (CREA: 45984/D). As casas condenadas estão localizadas nos bairros Bela Paisagem, Vila Atlântida e Vilage do Lago II. Duas delas precisarão ser demolidas. Segundo relatório do CEDEC-MG, os tremores contribuíram para o agravamento da situação em construções realizadas sem a orientação de um profissional devidamente registrado no CREA-MG e que, por isso, não possuíam estrutura de engenharia adequada. “Vale ressaltar também a utilização de material de baixa qualidade (constatada inclusive a utilização de adobe e massa com grande quantidade de terra) e construções antigas, desgastadas pelo tempo e pela chuva. O processo de deterioração ao longo dos anos deixou alguns imóveis mais vulneráveis ao evento adverso”, escreve a nota. Entre as causas detectadas que levaram à condenação das edificações está presença de rachaduras horizontais e diagonais significativas nas paredes, queda do reboco no teto, expondo a ferragem e evidenciando eminente perigo de desabamento e queda de parede. Reunião realizada na manhã desta segunda-feira na 11ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP) fez um balanço final das ocorrências atendidas devido ao fenômeno.

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