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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Esquema superfaturava em até 1000% compras de prefeituras no Norte de Minas De acordo com a delegada da Polícia Federal, um luva de boxe que custa R$ 117,00 foi adquirida por uma das prefeituras por R$ 1.300,00 Marcelo Ernesto -Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, a delegada da Polícia Federal em Montes Claros, Cinthia Nascimento, contou mais detalhes da Operação 1655, deflagrada em junho de 2011e revelada nesta quarta-feira pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com ela, o total de recursos desviados dos cofres públicos em prefeituras de municípios do Norte de Minas “chega a milhões”. Ao todo, segundo Cinthia, 14 prefeituras têm servidores envolvidos no esquema de superfaturamento na compra de materiais. Até o momento foram indiciados Hélio Rodrigues Neres, Eliezer Medeiros Andrade Filho e Sebastião Filogônio Dias, do município de Glaucilândia. Os nomes dos outros envolvidos não foram divulgados para não atrapalhar a investigação. Os peritos agora trabalham para identificar o papel de cada um no esquema. Segundo investigações da Operação 1655, deflagrada pela Polícia Federal (PF), o esquema consistia em simular a realização de orçamentos para aquisição de mercadorias para as áreas de saúde e educação a preços superfaturados, com dispensa de licitação, junto a empresas fantasmas criadas por Hélio Rodrigues Neres, apontado como o líder do grupo. Para desviar o sobrepreço, ele contava com o apoio dos servidores municipais Eliezer Medeiros Andrade Filho, de Montes Claros, e Sebastião Filogônio Dias, do município de Glaucilândia. De acordo com Cinthia Nascimento, a média dos percentuais de superfaturamento fica entre 66% e 1000%. “Em um dos casos uma luva de boxe, que tem preço de mercado em torno de R$ 117,00, foi adquirida por uma das prefeituras por R$ 1.300,00”, contou. Conforme Cinthia, a diferença entre o valor real e o pago pelo órgão público era embolsado pelos acusados. Para a delegada há o envolvimento de pelo menos um funcionário de cada uma das 14 prefeituras citadas na investigação, já que o processo licitatório exige que seja feita cotação no mercado para identificar o menor preço. “Não tem como fazer o esquema sem a participação de algum funcionário da prefeitura”, revelou. Os laudos periciais já detectaram irregularidades nas prefeituras de Montes Claros, Glaucilândia , Salinas, Bocaiúva, Montalvânia, São João das Missões, Várzea da Palma, Itacarambi, Rio Pardo de Minas, Catuti, Miravânia, Matias Cardoso, Riacho dos Machados e Padre Carvalho. Os envolvidos foram denunciados pelos crimes de peculato e desvio de verba pública. Se condenados, poderão pegar de 2 a 12 anos de prisão. Hoje em Dia - Ministério Público Federal denuncia Hélio Gordo de novo - Com três empresas fantasmas, empresário é acusado de fraudar licitações em 14 cidades do Norte de Minas - Ezequiel Fagundes - Velho conhecido da Polícia Federal (PF) do Norte de Minas, o empresário Hélio Rodrigues Neres, o ‘Hélio Gordo’, foi denunciado, na última quarta-feira (23), pelo Ministério Público Federal (MPF) por desvio de verbas em Glaucilândia e Montes Claros. Apontado como o chefe de uma organização criminosa que atua há mais de 15 anos na região, Hélio Gordo é acusado de criar empresas fantasmas para amealhar contratos superfaturados com prefeituras a partir de licitações públicas forjadas. Suas empresas de fachada forneceriam todo tipo de produto, de equipamentos hospitalares a televisores LCD. Além de Montes Claros e Glaucilândia, ele operou nas cidades de Salinas, Bocaiúva, Montalvânia, São João das Missões, Várzea da Palma, Itacarambi, Rio Pardo de Minas, Catuti, Miravânia, Matias Cardoso, Rio dos Machados e Padre Carvalho. O esquema de Hélio Gordo foi desmantelado em 2011, durante a operação ‘1655’ da PF, que surgiu a reboque da operação Conto do Vigário. O Hoje em Dia teve acesso aos laudos dos federais. Eles apontam para superfaturamentos de até 1.700%. Para montar os processos licitatórios e lesar o caixa das prefeituras, o acusado abriu três empresas que, segundo a PF e o MPF, são ‘fantasmas’ e estão registradas em nome da filha, da mulher e de um sócio do empresário, que agiam como ‘laranjas’ dentro do esquema. Trata-se da Comercial Costa Azul Ltda, Dismedic Ltda e Ronnye Petterson Neris - ME. Mas como se tratava de um jogo de cartas marcadas, somente a Comercial Costa Azul abocanhava as licitações das prefeituras. Em Montes Claros, a PF analisou cinco licitações até agora, sendo quatro na modalidade pregão presencial e uma no padrão dispensa de licitação. De acordo com a documentação, os contratos previam a aquisição de armários de aço, bebedouros inox, painel eletrônico, arquivos, balanças, câmaras digitais, suporte metálico, refrigerador e televisor LCD de 42 polegadas. No entanto, ao analisar as notas de empenho do setor de compras, os federais verificaram um superfaturamento que varia de 11,8 a 287,5%. Em Glaucilândia, as fraudes nos processos de licitações lesaram recursos destinados à aquisição de produtos médicos e hospitalares. No curso da investigação, os peritos da PF analisaram dezenas de itens e encontraram superfaturamentos na ordem de 663%. Isso ocorreu na compra da unidade de aparelho de pressão infantil, fornecido à prefeitura pela Comercial Costa Azul pelo preço de R$ 120, enquanto no mercado o mesmo produto custa apenas R$ 15,72. Preso em junho de 2011 pela PF, durante a operação ‘1655’, Gordo foi denunciado um mês antes pelo MPF por peculato, formação de quadrilha, fraude em licitação e falsidade ideológica dentro do inquérito que investigou superfaturamento em contrato de R$ 615 mil com a Prefeitura de São João da Ponte para fornecimento de equipamento hospitalar. G1 - MPF denuncia 3 pessoas suspeitas de superfaturamento em prefeituras - Polícia Federal investigou 14 municípios no Norte de Minas Gerais. Em Itacarambi, variação entre preço real e o pago chegou a 1.000%. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou três pessoas presas durante uma operação de combate a esquemas de superfaturamento em prefeituras no Norte de Minas Gerais. Em alguns casos, o valor pago era 1.000% maior do que o preço de mercado. As investigações da Polícia Federal (PF) descobriram que a quadrilha atuava no fornecimento de equipamentos e materiais para as áreas de educação e saúde. Em todos os 14 municípios investigados pela PF no Norte do estado foram encontrados indícios de superfaturamento. Em Itacarambi, a variação entre o preço real e o que foi pago pela prefeitura chegou a 1.000%. As investigações revelaram que a Prefeitura de Montes Claros também estava envolvida no esquema. Um servidor foi denunciado por participar da fraude. Segundo a polícia, o superfaturamento foi na compra de armários e chegou a 290%. A operação foi realizada em 2011. Na época, três pessoas foram presas. As investigações apontaram que um empresário criou três empresas de fachada e passou a participar das licitações fraudulentas. O suposto dono também foi denunciado. A Prefeitura de Montes Claros informou que vai se pronunciar sobre o assunto assim que tiver conhecimento do processo. O prefeito de Itacarambi garantiu que já prestou esclarecimentos à polícia e que uma auditoria está sendo feita para apurar as irregularidades.

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