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Mensagem: Para estudar tremores, Montes Claros terá sismógrafo e técnicos do Japão - Ana Clara Otoni - Após os tremores de terra registrados em Montes Claros, no Norte de Minas, foi anunciado nesta quarta-feira (23) a instalação de um sismógrafo, aparelho que registra e verifica as causas de tremores de terra na cidade. Além disso, uma equipe de técnicos do Japão deve ir a Montes Claros para avaliar os tremores de terras, já que a suspeita de que o município pode estar localizado em uma falha de placas tectônicas. O governo mineiro anunciou que pediu apoio técnico ao Instituto de Desastres Naturais do Japão (ICHARM), sediado em Tsukuba. Nesta quinta-feira (24), o desembarque de três especialistas do Observatório Sismológico da UnB, em Brasília, é esperado na cidade do Norte de Minas. Eles estavam desenvolvendo trabalhos pela Universidade de Brasília (UnB), em Lavras, no Sul de Minas, e serão remanejados para Montes Claros para estudar os tremores de terra registrados no último sábado (19) e nesta terça-feira (22). Para complementar esse trabalho de pesquisa, um convênio de cooperação técnica com o instituto japonês pode ser criado em junho - aproveitando a participação de membros da diretoria do ICHARM na Conferência Mundial do Clima, que será realizada no Rio de Janeiro. Nos próximos dias a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) deve definir quais especialistas virão até Minas Gerais para estudar os tremores. O Observatório Sismológico (Obsis) da Universidade de Brasília (UnB) vai apoiar a instalação de um sismógrafo em Montes Claros, no Norte de Minas, depois de um pedido enviado nesta quarta-feira (23) pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG). Os equipamentos sensoriais serão montados em Montes Claros de imediato e ficarão o tempo por tempo indeterminado para registrar, analisar e gerar material para estudos sobre as falhas responsáveis pelos tremores. Além de estudar o fenômeno, os especialistas irão realizar um trabalho de orientação à população, ao poder público e aos profissionais envolvidos, entre eles os da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. A Defesa Civil Estadual também solicitou o apoio da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), para o envio de mais especialistas para a cidade. Nacional. A mobilização para reparar os danos causados pelos tremores em Montes Claros se deu a nível federal já que o governo estadual requereu a Secretaria Nacional de Defesa Civil, no Ministério da Integração Nacional, apoio técnico e ajuda para a reconstrução das casas danificadas e comprometidas a partir da ocorrência dos tremores na cidade. Reparos. A mobilização para reparar os danos causados pelos tremores em Montes Claros se deu a nível federal já que o governo estadual requereu a Secretaria Nacional de Defesa Civil, no Ministério da Integração Nacional, apoio técnico e ajuda para a reconstrução das casas danificadas e comprometidas a partir da ocorrência dos tremores na cidade. Dez pessoas ficaram desabrigadas e 18 estão desalojadas em Montes Claros, no Norte de Minas, devido aos tremores de terra sentidos na cidade no último fim de semana, os mais graves já enfrentados pela população. O abalo mais intenso deles, que chegou a 4,2 graus na escala Richter, no sábado (19), foi o maior já registrado em Montes Claros, de acordo com o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília. Outros dois tremores, de menor intensidade, foram registrados no domingo. Monitoramento. Desde o último sábado (19), equipe da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec-MG) está em Montes Claros, com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Comdec e da Prefeitura. Foi montado um Sistema de Comando em Operações (SCO) com a finalidade de coordenar e avaliar as ações de resposta aos danos causados pelo tremor. Os abalos sísmicos foram registradas entre 10h42 do dia 19 de maio e 16h32 do dia 20 de maio. Já foram realizadas 60 vistorias pelas equipes, sendo que nas mais relevantes, e que ensejaram a desocupação e condenação do imóvel, houve o acompanhamento e participação direta da Cedec-MG. O Norte de Minas vem registrando abalos sísmicos há pelo menos cincos anos. O maior deles foi em dezembro de 2007, quando um tremor de 4,9 graus na escala Richter causou a morte de uma criança de cinco anos, a primeira registrada no país em função de terremoto, e danificou 76 casas em Caraíbas, distrito de Itacarambi, distante 663 quilômetros de Belo Horizonte. Hoje em Dia - Cães alertam morador para tremores de terra em Montes Claros - Por terem os sentidos mais aguçados, os animais percebem as primeiras ondas que vêm do centro da terra e ficam agitado - Girleno Alencar - Os tremores de terra em cidades do Norte de Minas estariam sendo pressentidos, minutos antes, por cães. O relato foi feito por moradores da zona rural de Santa Bárbara, em Montes Claros. Por terem os sentidos mais aguçados do que os do ser humano, os animais percebem as primeiras ondas que vêm do centro da terra e ficam agitados. Na última terça-feira, quando ocorreu um abalo de intensidade moderada, com 2,6 graus, moradores ficaram surpresos com os cachorros, que começaram a latir momentos antes do estrondo. Um representante do Conselho de Política Ambiental do Norte de Minas foi até o local. O professor Délcio Rocha, zootecnista do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com sede em Montes Claros, explica que os animais podem pressentir anormalidades. Segundo ele, nos casos de tremores, terremotos e maremotos, o instinto de sobrevivência muda o comportamento dos bichos, o que os deixa agitados. “Eles têm um sexto sentido que os alerta sobre os fenômenos”, afirma Délcio Rocha. Uma equipe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/ UnB) chega na quinta-feira (24) a Montes Claros para analisar os tremores ocorridos na cidade. Os técnicos foram convocados em caráter emergencial pelo Ministério da Integração Nacional. O secretário municipal de Defesa Social, coronel reformado Orlando Camargo, disse que os técnicos farão estudos sistemáticos, visando esclarecer a causa dos abalos e possíveis soluções e prevenções. O Obsis instalará, provisoriamente, duas estações sismográficas em Montes Claros até que a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) receba um profissional para ficar em caráter definitivo no município. O equipamento foi adquirido no México, desde o final de abril, mas ainda não chegou até a cidade. Além disso, um grupo de espeleólogos de Montes Claros, acompanhados de técnicos do Instituto Estadual de Florestas e da Policia Civil vão inspecionar os danos causados no Parque Estadual da Lapa Grande, que fica na periferia da cidade. Quase todos os tremores ocorreram nessa área. Dez casas estão interditadas por causa dos últimos abalos. Desde 2008, nada menos que 35 tremores foram registrados no município.
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