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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A escola fechada Manoel Hygino – Jornal “Hoje em Dia” Adolescente, acompanhei a extensa e intensa luta para implantar a Praça de Esportes, que tanto exigiu esforços das mais importantes vozes da sociedade de Montes Claros, a maior e mais forte cidade norte-mineira. Era uma época que não havia sequer rodovia asfaltada para a região, o que somente viria muito depois. Tudo em termos de suprir demandas da comunidade se concretizava a muito curso, como ocorreu, por exemplo, com a ferrovia que ligaria o sertão às capitais dos hoje Sudeste. A população, todavia, sabia que para viver bem precisava mais do que simplesmente alimentar-se. Imprescindíveis saúde, para o que muito se lutou juntos aos organismos federais e estaduais, com água nas torneiras e saneamento básico, para o que muito se empenharam os prefeitos municipais. Lideranças compreendiam também que se tornava valioso praticar o ensinamento latino de “mens sana in corpore sano”. Para isso, contou com o apoio da população, conservadora mais cônscia de que a Praça de Esportes fazia bem à cidade, dava-lhe prestígio, formava atletas habilitados a participar de competição em nível de igualdade nas capitais. O médico e escritor João Valle Maurício afirmou que Montes Claros passou a ter gerações bonitas, sadias e ordeiras, tornando-se uma esplêndida escola para a mocidade de então. Chefe da Casa Civil da presidência da República, Darcy Ribeiro destinou uma verba fundamental para construir o ginásio aberto, que recebe seu nome. Maurício sempre se orgulhou da Praça, o que afinal não é privilégio seu. Os montes-clarenses todos o seguiram, porque a cidade revelava esportistas para jornadas lá foram, sempre registrando perfomances de relevo. Outros municípios seguiram o exemplo e implantaram praças que produziram campeões estaduais e nacionais. A cidade cresceu, a população também. E, quando mais se esperava que ela se mantivesse em permanente atualização, ocorre o que os jornais de Belo Horizonte comentam com destaque. A Praça, construída na antiga “Vargem”, será vendida para servir a interesses comerciais. Será que na cidade que se designa de Princesa do Norte não teria outro espaço? Se assim ocorrer, a Praça não será mais do povo, como quisera Castro Alves.

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