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Mensagem: Assessor de prefeito – Fabricius Veloso é suspeito de envolvimento no esquema de fraudes com merenda escolar em Montes Claros. Já são oito detidos na operação da PF em conjunto com o Ministério Público – Luiz Ribeiro – Foi preso ontem o assessor jurídico da Prefeitura de Montes Claros Fabricius Veloso. Ele foi uma das pessoas que tiveram prisão temporária decretada por suspeita de envolvimento em fraude na licitação para o fornecimento de merenda à prefeitura por parte da empresa Stillus Alimentação. A empresa, que pertence a Alvimar Oliveira Costa – irmão do senador Zezé Perrella (PDT) e ex-presidente do Cruzeiro -, é acusada de liderar um esquema de fraudes em licitações, envolvendo R$ 166 milhões para o fornecimento de quentinhas (marmitas) em presídios mineiros e R$ 19 milhões para a merenda escolar em Montes Claros. O esquema foi desmontado pela Operação Laranja com Pequi, deflagrada na terça-feira. Fabricius Veloso se apresentou em Belo Horizonte, onde, ontem à noite, foi ouvido pelo Ministério Público Estadual (MPE), que investigou o esquema. Com a prisão do advogado, agora são oito pessoas presas na operação da PF por suspeitas de envolvimento com o esquema de fraudes. Na terça-feira, foram detidos o diretor administrativo do Presídio de Três Corações, Roni Buzzeti, diretor da Penitenciária de Palmas (Tocatins), Átilla Ferreira Lima, e outras cinco pessoas em Montes Claros: o vereador Athos Mameluque (PMDB), o ex-secretário municipal de Sérvios Urbanos, João Ferro; a secretária municipal de Educação, Marileia de Souza; o assessor especial da prefeitura, Noelio Francisco de Oliveira; e o empresário Victor Felipe Oliveira, o Vitão, diretor da Fundação para o Desenvolvimento Educacional de Montes Claros (Funadem), mantenedora do time de vôlei da cidade. Continua foragido o ex-pregoeiro da Secretaria de Defesa Social Bruno Vidott, funcionário da Stillus, considerado pelo MPE o “faz-tudo da organização criminosa”. Na terça-feira, a Polícia Federal cumpriu o mandado de busca e apreensão na casa de Alvimar Perrella. Além disso, também foi expedido mandado para busca e apreensão na residência do vice-presidente do Cruzeiro, José Maria Fialho, sócio-diretor da Stillus. De acordo com o Ministério Público Estadual, pelo menos um terço dos valores envolvidos nos contratos com para o fornecimento de quentinhas nos presídios e para a merenda escolar em Montes Claros eram desviados – ou seja, de um total de R$ 166 milhões, teriam desviados cerca de R$ 61,7 milhões. A Stillus, segundo o MP, atuava em concluio com mais seis empresas do ramo de alimentação industrial, conseguindo fraudar as licitações nos órgãos públicos e prefeituras, com a “colaboração” de secretários e servidores municipais.
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