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Mensagem: Queria mostrar aqui a minha indignação para com o processo seletivo para o curso de medicina da Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros).Assim como eu, existem centenas de alunos dedicados que já poderiam estar fazendo o curso dos sonhos, na faculdade dos sonhos, junto à sua família e amigos. (...)Montes Claros é uma cidade de 361.915 habitantes e possui uma universidade pública que oferece o curso de medicina e disponibiliza 28 vagas, sendo 8 reservadas aos alunos do PAES (Programa de Avaliação Seriada para Acesso ao Ensino Superior), 6 a afrodescendentes e carentes, 6 a egressos de escola pública e carentes e 1 a portadores de deficiência ou indígenas. Restam, portanto, 7 vagas para a modalidade sem reserva de vagas (na qual eu e a grande maioria se inclui). Não quero entrar na discussão sobre o sistema de cotas, mas gostaria de questionar porque eu, como tantos outros alunos com boa condição financeira são privados de estudar na Unimontes.Alunos espetaculares perdem, todos os semestres, essa oportunidade e são obrigados a recorrer a cursos particulares porque a Universidade da cidade não consegue abarcar nem a metade da sua demanda. Perdemos, portanto, a proteção do Estado e nos valemos apenas de nós mesmos num sistema excludente para ambas as classes. Infelizmente, essa não é uma declaração de um vestibulando pobre, cuja família apostou todas as fichas em sua aprovação para o curso de medicina na Unimontes, sem sucesso.No entanto, é um protesto de uma vestibulanda igualmente acreditada pela família e dedicada à sua aprovação, que sofreu durante dois anos e meio em um curso pré-vestibular e, finalmente, já sem ânimo para continuar destruindo sua mente e seu corpo com tantos estudos, optou pelo financiamento governamental em uma faculdade particular, que, apesar de fornecer todos os recursos necessários a uma boa formação, não é a sua escola de medicina dos sonhos e trará uma grande dívida ao final do curso.Não me queixo do curso que faço, na faculdade que estudo. Me queixo da quantidade diminuta de vagas oferecidas pela nossa Universidade, que a faz perder o prestígio fora da cidade de Montes Claros e a impede de ganhar visibilidade e, consequentemente, recursos. Se um dia, mesmo que distante, for possível aumentar o número de vagas dessa faculdade, invariavelmente, estudantes ricos e pobres, terão maiores oportunidades de fazer o tão sonhado curso de medicina.Gostaria ao menos de entender, o que acontece para que as vagas sejam tão reduzidas. Seria falta de recursos, algum embargo financeiro, ético (ou antiético), ou político? Acho que, assim como eu, milhares de estudantes gostariam de obter essa resposta. Quem sabe um dia, os olhos da população e do governo se voltem para essa ´princesa decadente´ (como diria Aroldo Pereira) que é Montes Claros, e para sua Universidade, levando mais justiça e oportunidade de estudos para a população em um país cuja educação é tão deficitária.Está declarada a minha indignação. Obrigada.
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