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Mensagem: Força tarefa contra postos de combustíveis e cinco prefeituras do Norte de Minas - Girleno Alencar - O Ministério Público, a Policia Militar e a Receita Estadual realizaram uma operação especial nesta terça-feira (24) nas prefeituras dos municipios de Bonito de Minas, Cônego Marinho, Itacarambi, Januária e Mirabela. A ação também foi realizada nas casas dos prefeitos em cumprimento ao mandado de busca e apreensão expedido por Ronaldo Souza Borges, da comarca de Januária. Foram fiscalizados os postos Elos, Joelma, Mirabela e Paraguassu que estão sob suspeita de irregularidades na licitação para a venda de combustíveis nas respectivas cidades, desde o dia 1º de janeiro de 2007. A operação teve inicio às 10 horas, quando as viaturas policiais e fazendárias saíram de Montes Claros. A 8ª Companhia de Missões Especiais do Norte de Minas cumpriu a decisão judicial. O promotor Guilherme Fernandez, da Curadoria do Patrimônio Público, explicou que os dados coletados serão divulgados somente quando os levantamentos forem concluídos. Na tarde de segunda (23), o prefeito de Bonito de Minas, José Raimundo Viana, explicou que o mandado judicial cumprido em sua casa e na Prefeitura levou várias licitações da área de combustíveis. Ele estava em Belo Horizonte e disse que sua filha, grávida de sete meses, ficou nervosa quando os policiais entraram em sua casa. O prefeito se queixa que se tivessem solicitado o encaminhamento do material, teria remetido sem a presença dos policiais. Na cidade de Itacambira, o prefeito Rudimar Barbosa contou que vários materiais na sua casa foram recolhidos, inclusive no seu cofre particular. A cidade está de luto oficial por três dias, por causa da morte do vereador Derlindo Oliveira, mas mesmo assim a Prefeitura foi aberta para se cumprir a ordem judicial. A investigação na cidade de Mirabela teve um aspecto curioso: os únicos dois postos de combustíveis são do prefeito Lacerdino Garcia Menezes, que não estava cidade. Estado de Minas - Prefeituras do Norte de Minas são suspeitas de fraude na compra de gasolina - Luiz Ribeiro - Em ação conjunta com a Receita Estadual e a Polícia Militar, o Ministério Público Estadual deflagrou, nessa terça-feira, uma operação com o objetivo de desarticular um esquema de desvio de dinheiro público com a simulação da compra de gasolina para prefeituras do Norte de Minas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas prefeituras e nas casas dos prefeitos de Mirabela, Bonito de Minas e Itacarambi. Também houve o cumprimento de mandados em quatro postos de combustíveis, situados em Mirabela, Itacarambi e Januária (dois). Ainda existem outros postos suspeitos, que estão sendo investigados. Um deles está localizado em uma cidade da região de Januária. Ninguém foi preso, mas de acordo com uma fonte ligada à operação, pelo menos 10 pessoas são suspeitas de participação ou favorecimento na fraude. Conforme a mesma fonte, era feita a simulação de vendas para as prefeituras, aproveitando de consumidores comuns, que abastecem nos postos sem exigir o cupom fiscal. O esquema funcionava da seguinte forma: como os funcionários do posto não entregavam as notas fiscais para os clientes comuns na hora da venda, os cupons fiscais eram armazenados na memória do computador do estabelecimento. Depois as notas fiscais eram emitidas, em nome da administração municipal, como se fossem destinadas ao abastecimento de veículos oficiais da prefeitura. O dinheiro desviado seria dividido entre os envolvidos na fraude. As compras eram simuladas como se estivessem sendo feitas por meio da dispensa de licitação. Ainda não se sabe o montante desviado nem a quantidade de combustíveis envolvida. Essas informações somente serão levantadas após a análise da documentação e do material apreendido durante a operação dessa terça-feira, incluindo cupons fiscais e computadores. Tamanho da fraude. Embora a irregularidade tenha sido descoberta em mais de um município, ainda não existem indícios de que a fraude seja comandada por um mesmo grupo nos diversos locais onde foi identificada. A suspeita é que, em cada um dos locais investigados, as pessoas envolvidas sejam diferentes, repetindo apenas o mesmo “modus operandi”. Nessa terça-feira à tarde, o prefeito de Bonito de Minas, José Raimundo Viana (PR), um dos investigados, negou qualquer ligação com a simulação de venda de combustíveis para a prefeitura com desvio de verbas públicas. “Deram busca na minha casa e trataram a minha filha, que está no oitavo mês de gravidez, como se fosse cachorro. Por causa disso, ela teve um princípio de aborto e foi para o hospital”, protestou o prefeito. A reportagem não conseguiu contato com outros prefeitos suspeitos de envolvimento na fraude. No final de abril, esquema semelhante foi investigado pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal em Olhos D´Água, também no Norte de Minas. Na ocasião, foram presos o vice-prefeito de Olhos D`Água, Jeferson Maurício de Mourão (PR); a secretária de Finanças do município, Geizianne Aparecida Dias, filha do prefeito Antônio Dias Net (PP); os servidores municipais Carlos José Dias e Henry Leonardo Alves Dias e os comerciantes José Agostinho Chaves e Simone Freitas Chaves, donos do único posto de gasolina da cidade, onde ,segundo as investigações, a fraude aconteceu. O prefeito Antonio Dias Neto também foi afastado do cargo.
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