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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A Polícia Federal no seu papel repressor José Prates Que eu saiba, não existia no país o exemplo de monitoramento, dos passos de nenhuma autoridade de qualquer esfera ou mesmo de qualquer outra pessoa, com tornozeleira eletrônica, salvo presidiário posto em liberdade provisória ou condicional, quando a policia considera a necessidade de monitoramento dos seus deslocamentos fora da cadeia. Os passos de um Prefeito Municipal com seus auxiliares serem monitorados do jeito que está acontecendo agora em Coração de Jesus, por iniciativa da Polícia Federal é uma novidade, eu creio, no Brasil inteiro. O impacto na naquela cidade deve ter sido grande porque Coração de Jesus é um lugar pequeno do Norte de Minas, perto de Montes Claros, onde todo mundo conhece todo mundo e, geralmente, são compadres e comadres ou, então, parentes. A população, naturalmente, não deve ter entendido o que está acontecendo com o Prefeito que, inclusive, estava se candidatando à reeleição. Quando lemos a notícia, publicada em todos os jornais de Minas e focalizada na Internet, a vontade que nos veio foi de rir porque a imagem que nos veio à mente, do Prefeito andando pelas ruas, com tornozeleira eletrônica à mostra é hilariante. Parece, até, uma brincadeira, mas, não é. Vendo, porem, a situação por outro ângulo, nós encontramos nesse fato, também, o lado vexatório, humilhante, encoberto pelo hilário que esconde a situação constrangedora da pessoa marcada por um procedimento inusitado. Se houve necessidade do uso desse instrumento nos réus com a finalidade de mantê-los em liberdade vigiada, não nos cabe discutir. Diz o Sr. Delegado de Policia, autor do procedimento, que agiu dentro da lei no uso dessa medida cautelar, destacando que é a primeira vez, no Brasil, que as tornozeleiras são usadas em um caso de medida cautelar, o que é previsto pela Lei nº 12.403 e pelo artigo 319 do Código Penal. O delegado também afirmou que é inédito o fado to de um prefeito ser afastado por inquérito criminal aberto pelo Tribunal Regional Federal. Mesmo assim, não deixa de ser humilhante para aquele que sofreu o procedimento, mesmo sabendo-o justo e necessário. Olhando para trás, buscando o passado, não encontramos nenhum caso como este porque ninguém agia para fazer cessar o “mal feito” praticado por pessoas ricas e influentes. O fato delituoso “não era descoberto” e ninguém do povo ficava sabendo de nada. De tempos para cá, depois de governos legitimamente democráticos e empenhados na honestidade, as polícias entraram firmes no desempenho do seu papel de repressora e ai vimos coisas que nunca tínhamos visto antes; vimos o desempenho de uma policia que não conhecíamos. Basta lermos os jornais e assistir à televisão que nos é dado a conhecer a ação preventiva e repressiva dessa policia, numa garantia de que existe disposição para acabar com a desonestidade que estava se generalizando no país. Dizem por ai que o nosso país caminha para o primeiro mundo e, se continuar assim, as policias vão chegar primeiro, graças a Deus! (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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