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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 6 de novembro de 2024
 

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Mensagem: O sonho de Zezinho José Prates O tempo é implacável e age sobre nós nos destruindo devagarzinho até chegar ao fim. O caminho para chegar ao fim é penoso: vai-nos desaparecendo a agilidade; o caminhar é vagaroso e cansativo. Mas, o pior é a memória que vai perdendo o poder de acionar seu arquivo e muita coisa que nos aconteceu no passado conseguimos nos lembrar, principalmente, fatos que nos marcaram ou modificaram nossa vida, por isso têm o tarja de “pedaço da vida”, são guardados em bandeja separada para virem à tona à uma simples recordação. Outros fatos, acontecimentos, da mesma ocasião sem esse tarja, também, estão guardados, não foram jogados fora, mas requerem um esforço maior para buscá-los em outro arquivo. Foi isso o que nos aconteceu quando Zezinho Versiani veio até nós trazido por Paulo Narciso. De imediato não nos lembramos da pessoa, do menino de treze anos. Foi preciso buscar no recôndito da mente todo aquele passado e aí, então, apareceu Zezinho, moreninho, esperto, sempre disposto a fazer o que lhe ordenassem. Com ele nos ficamos pouco tempo, insuficiente para um conhecimento maior. O seu retorno a nós, agora, 56 anos depois, numa mensagem que vai ficar guardada como relíquia, incentivou-nos à pesquisa sobre aquele menino, o que fizemos com o intuito de conhecer o caminho que ele percorreu até agora. Ficamos surpresos e maravilhados. Office-boy quase criança, mas, falante e bem disposto, demonstrava a curiosidade e o interesse pelas coisas do jornal que estava conhecendo. Claro que não podiamos imaginar que aquele menino seguisse em frente e chegasse ao degrau mais alto de sua carreira, mas, chegou. Nele está patente o poder inquestionável da força de vontade aliada ao “eu quero, eu posso, eu consigo”. Não se acomodou na condição tranqüila, cômoda, de Office-boy, partindo para a luta, conseguindo, naturalmente, superar os tantos obstáculos que lhe surgiram. Hoje, pelo que soubemos, é um jornalista competente querido e admirado, resultado da inquebrantável força de vontade que usada com firmeza a tudo supera. O querer tem uma força extraordinária quando exercido com disposição e firmeza na luta pelo que queremos, enquanto o desejo não passa de um simples almejar e muitas vezes representa sonhos e fantasias inatingíveis. A vontade é outra coisa. Quando acionada pelo querer, impulsiona, soberana, a concretização de idéias e ideais e vai à luta sem desanimo. Ao contrário do desejo que depende quase sempre do consentimento de outras pessoas na realização do almejado, a vontade só depende de nós mesmos, de nosso querer no empenho da luta por aquilo que queremos. O desejo está inteiramente ligado aos nossos sentimentos e nossas emoções enquanto a vontade firme, realizadora, está ligada à lógica e a razão, respaldada pelo grande poder do raciocínio. Por isso, é fácil entendermos porque Jose Versiani, o Zezinho, chegou onde ele está. Ele não, apenas, desejou, mas, usou o poder da vontade aliada ao querer para superar os obstáculos na satisfação pessoal que sem o firme querer e a força da vontade, não passaria de um mero sonho. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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