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Mensagem: Pesquisa e palestra Waldyr Senna Batista A pesquisa publicada pelo jornal “Estado de Minas” na última quinta-feira confirmou, em parte, o que se percebia sobre a campanha sucessória de Montes Claros: Jairo Ataíde continua isolado na primeira posição, com 29,9%, seguido por Paulo Guedes (21,6%) e Ruy Muniz (19%), em segundo e terceiro lugares, tecnicamente empatados, enquanto Humberto Souto aparece na quarta colocação, com 10%. Entretanto, esse resultado não pode ser levado rigorosamente em conta, já que a entrada de Humberto Souto na disputa se deu quatro dias antes da realização da consulta, no lugar de Athos Avelino. Esse fato distorce o resultado, tendo em vista que torna impossível avaliar para quem estariam migrando os votos que seriam do candidato que saiu. Aparentemente, boa parte deles tem se destinado a Paulo Guedes, que experimentou surpreendente crescimento, mas não se pode saber em que medida essa tendência prevalecerá. Aliás, a subida do candidato do PT pode ser tida como único fato relevante da pesquisa, no momento em que, no âmbito nacional, o partido dele atravessa momentos de apreensão e desgaste devido ao julgamento do escândalo do mensalão pelo STF e as possíveis derrotas nas diversas capitais em que lançou candidato, entre elas Belo Horizonte. E m São Paulo, Fernando Hadad, candidato “inventado” por Lula, continua patinando. Há também que se considerar que Humberto Souto, por ter longa militância na política, conta com considerável eleitorado cativo, que , antes de sua entrada na disputa, certamente estava disperso entre os demais concorrentes e tenderia agora a se aglutinar. Porém, na pesquisa, há dados que podem servir de subsídio para outras avaliações: o campeão de rejeição é Humberto (51,5%) e 13,8% dos eleitores não o conhecem; o índice de rejeição de Jairo é de 39,18% e só 1,8% do eleitorado o desconhece; Ruy Muniz tem 47,3% de rejeição e 3,4% de desconhecimento; Paulo Guedes, que passou a residir em Montes Claros há pouco mais de dez anos, é rejeitado por 29,3% e é desconhecido por apenas 19,8%. No exato momento em que o jornal de Belo Horizonte circulava em Montes Claros com os números da pesquisa, Jairo Ataíde falava a empresários reunidos na sede da Associação Comercial e fez declarações que poderão ter reflexo no segundo turno da eleição, que é tido como certo. Eis algumas de suas observações: as classes A e B do eleitorado não estão preocupadas com o resultado da eleição, qualquer dos candidatos que se eleger, para elas, está bem, o que, na opinião do candidato, ajuda os menos preparados; o futuro prefeito terá de centrar suas ações nas classes menos favorecidas; vai ser preciso motivar os funcionários da Prefeitura , que vêm sendo sacrificados e desestimulados na atual administração; no momento, a Prefeitura não consegue levantar recursos para realização de obras, porque está inadimplente com a previdência social e outros órgãos oficiais; o processo de saneamento da Municipalidade será longo e penoso, e para isso torna-se imprescindível o apoio do Governo do Estado; sem citar nomes, ele distribuiu alfinetadas nos demais concorrentes: um deles se apresenta como grande administrador, tendo ocupado a chefia do DNOCS em Montes Claros, um órgão com 30 funcionários, falido e que pode ser fechado; outro, arrogante e destemperado, batendo na tecla da honestidade, como se fosse a única pessoa com essa qualidade. E concluiu sua palestra anunciando administração menos política, voltada para a solução dos problemas que no momento sufocam a cidade. Para isso, dispõe-se a discutir suas ações com a sociedade. (Waldyr Senna é o decano da imprensa de Montes Claros. É também o mais antigo e categorizado analista de política. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)
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